O estadunidense é um ser burro, burro mesmo! Eu já vi gente falando “Ah! Mas eles não são burros burros mesmo...são só arrogantes, aí ficam parecendo burros”. Eu discordo, eles são burros burros mesmo pra caralho. Um período curto no país deles ratifica essa burrice na prática e vivência.
Na minha primeira e única visita à terra do Tio Sam, esse episódio, especificamente, se passou em Fort Lauderdale no sul da Flórida, a mais ou menos 40 minutos de Miami pra dar uma situada melhor.
Longe da luxuosa The Strip, bem menos que a de Las Vegas, ficam vários galpões numa espécie de cais. Em um desses galpões fica um daqueles lugares de esportes diferentões cheios de camas elásticas, luta de cotonetões (não sei o nome disso mas deu pra visualizar o que é), queimado em piscina de bolinhas...Irado, né? O tipo de lugar que não tem como não ficar feliz, certo?
ERRADO!
Um estadunidense burro é capaz de deixar até o Garibaldo da Vila Sésamo emputecido. Esse estadunidense, em particular, trabalhava lá. DO NADA ele virou pra mim e pra minha amiga (esqueci de falar antes que tava com uma amiga e a família dela lá) e falou, em inglês:
-Vocês não são daqui, né?
- Não, chegamos ontem. - Ela falou com toda a educação do mundo, que eu não tinha saco pra ter enquanto esperava pra me jogar numa piscina de espuma.
- Ah legal! Vocês vieram de onde?
- Do Rio! - ela continuou com a animação que só um brasileiro teria falando do país pra gringo.
- Rio? No Brasil? - Ele fez uma cara meio confusa e eu já dei uma estranhada.
- Sim, no Brasil.- Eu respondi com a mesma sutileza de uma mula.
Aí o moço me lança com o sotaque mais porco do mundo:
- Uau Brasil! BIENVENIDOS A AMERICA!
- Bem-vindos.
- O quê? Bienvenidos! - Insistiu
- Bem-vindos - reforcei- Em português...
Até aí tudo bem mas ele veio totalmente indignado:
- Português? Mas vocês são do Brasil!
Eu olhei pro lado e vi minha amiga escondendo o riso com aquela cara de “fudeu”.Não explodi mas era a minha vontade. Continuei com um sorrisinho amarelo mais passivo-agressivo possível:
- No Brasil se fala português. Eu nem sei falar espanhol.
Como se não fosse suficiente, o estadunidense burro teve a pachorra de persistir na burrice:
-Ué? Mas o Brasil é latino! Latinos falam espanhol.
De cair o cu da bunda, né? Daí eu segui:
- No Brasil se fala português, não espanhol.
Devo ter feito uma cara tão feia que ele murchou com uma risadinha sem graça:
-É...acho que eu preciso estudar mais.
-É...precisa.- Encerrei com um último coice.
Depois dessa merda até perdi a vontade de entrar na piscina e fiquei de cara emburrada o resto do passeio.
Resumindo: Nunca duvida da burrice burrice mesmo de um estadunidense, ela pode te surpreender, definitivamente, pra pior.
kkkkkkk gostei do relato. Concordo com você, especialmente os da Flórida, só ver o que aconteceu em 2016....... Parabéns pela crônica, muito boa!
ResponderExcluirBoa, Glen. Não sei se por questão de preferência, mas em alguns momentos acho que poderia ter reduzido o número de falas e escrito como um discurso indireto para ser mais dinâmico, mas adorei a crônica. Na minha experiência também viviam insistindo no espanhol mesmo eu não entendendo e respondendo em inglês.
ResponderExcluirNossa eu amei como você escreveu como se estivesse contando oralmente, até ali na parte que vc diz que esqueceu de dizer em cima que tinha ido com uma amiga e tal... Ri muito do bienvenidos, fala sério esses caras nao tem a minima noção de mundo, é incrível. parabéns pela cronica! amei muito o tom informal, de verdade
ResponderExcluirHahahahah me deliciei do inicio ao fim do texto, você escolheu uma ótima estratégia narrativa. Parabéns pela crônica!
ResponderExcluirNarrativa interessante, gostei do texto. Parabéns!
ResponderExcluirConcordo com o Michael, me veio a impressão de que você escreveu como se fosse uma conversa de whatsapp, o que de certa forma é legal, pq aproxima o leitor, mas achei que pode ter perdido um pouco a qualidade, não ficou tão criativo e legal de ler. Mas eu curti muito a crônica, boa a escolha da história, a leitura não ficou chata, instigou a curiosidade pra ler até o final. No mais, acho que ultrapassa burrice, é o imperialismo estadunidense que gera a prepotência de quem foi criado pra pensar que é o dono do mundo e que a América Latina é o quintal dos EUA.
ResponderExcluirHahaha estadunidense é foda! Eles me confortam por perceber que sou mais inteligente que eles mas me preocupa pelo poder que eles tem 😅
ResponderExcluir"Resumindo: Nunca duvida da burrice burrice mesmo de um estadunidense..." Esse burrice duas vezes foi intencional? Me pareceu erro de digitação pq na leitura ficou estranho mas não sei
ResponderExcluirfoi intencional sim, Mônica. Repeti isso outras vezes, inclusive.
ExcluirDesculpa pela demora, mas minha amiga tem o costume de esquecer do Whatsapp kkk Ela disse que lembra de ter acontecido mas não lembra dos detalhes. A única diferença que ela acha é de não ter acontecido no começo da viagem, mas depois de quase um mês na Flórida.
ResponderExcluirEu fico chocada como uma galera de lá não sabe coisas básicas sobre o resto do mundo. Gostei de como você expressou sua indignação kkkkk Achei interessante o recurso de repetir as palavras para enfatizar a ideia, mas acho que em alguns casos, o uso da vírgula entre elas iria realçar ainda mais.
ResponderExcluirÉ sempre chocante o quanto sabem pouco ou quase nada sobre o Brasil, ou fingem não saber, não sei ao certo.
ResponderExcluirGostei demais do tom informal e me senti quase que conversando com o você. Só não entendi o "Resumindo: Nunca duvida da burrice burrice mesmo de um estadunidense, ela pode te surpreender, definitivamente, pra pior.".
Ali seria "Nunca duvide", ou você escreveu "Nunca duvida" intencionalmente?
Não acredito que ele quis discutir qual idioma se fala no Brasil com um brasileiro kkkkkkk Gostei, é um texto bem divertido, você conseguiu passar bem a sua indignação com a burrice do estadunidense.
ResponderExcluiramei demais a sua crônica. ri do inicio ao fim. eu ficaria tão revoltado quanto você, tenho horror a norte-americano que se acha!
ResponderExcluirParabéns!!