quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Desculpa minha imaturidade

 Você fazia tudo por mim, estava sempre presente, durou menos de um ano e acabou da pior

maneira possível, pelo menos pra mim.

Tivemos uma ligação muito forte e com pouco tempo de convivência, já parecíamos íntimos

de longa data. O que era mais legal na nossa relação era sua alegria contagiante e sua

felicidade nas pequenas coisas da vida. Depois do meio treino, eu ficava para o treino

feminino, não por que eu era fominha de treino, e principalmente de jogar, mas poder passar

mais tempo em quadra com você e ver sua evolução cada dia que passava era incrível. Até

quando eu esquecia o uniforme, você ia comigo até o meu apartamento buscar, só para que

pudéssemos treinar.

“Môr”, era como você me chamava, com seu sotaque do interior, que para mim, um garoto da

cidade grande, era fofo. Eu sempre fui da brincadeira e de fazer meus amigos passarem

vergonha em público, e você foi a única pessoa que me deixou vermelho em público. Naquela

farmácia, ao lado da fábrica de bolo, onde você tinha que comprar alguns produtos e eu estava

te acompanhando, fazendo o mesmo que a senhorita sempre fazia, não me deixando sozinho.

Você disse, em alto e bom tom, “Môr, leva essa camisinha ultra sensível”. Eu não sabia onde

enfiar minha cabeça, que parecia um tomate e se medissem minha temperatura daria

facilmente uns 40 °C. E pasmem, ela não parou com seus comentários, mas prefiro não os

informar, é melhor para vocês, eu juro.

Você era quem fazia eu furar a dieta depois de almoçarmos, com aquele açaí ou bolo. Não

podemos esquecer do milkshake. Confesso que você era só um empurrãozinho para eu pular

fora da dieta. E falando de empurrãozinho, acho que foi isso que faltou para a gente. Talvez

eu não quis tomar partido, ou você, mesmo um ano mais nova, mas muito mais responsável

que eu, principalmente nos estudos, não se sentiu confortável para falar.

Por uma discussão boba, você me bateu, talvez na brincadeira, mas eu não entendi da mesma

maneira, e ali, no meio do corredor eu disse “Nunca mais fala comigo” e irritado, virei as

costas. Tudo tinha se acaba naquele instante. Tempos mais tarde eu fui, me despedi do centro-

oeste, voltei para o Rio e nunca nos falamos. Vejo de longe sua carreira de cantora decolar, e

espero que você voe cada vez mais alto. Eu ainda lembro quando conversamos o quanto dizer

“Eu te amo” era pesado e carregava muitos sentimentos e não deveria ser dito ao vento. Hoje,

mais maduro, posso dizer: “Môr, eu te amei”!


                                                                                        Lucas Ribamar

15 comentários:

  1. Algumas falhas em puntuação, por exemplo ali depois de tomate cairia bem uma vírgula, fora isso muito legal, azar no amor sorte no vascão.

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  2. Porra, Ribamar ! Vamos tomar uma pinga, certamente. Me senti envolvido no seu relato, parabéns pelo texto.

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  3. Porra mandou bem Ribagol, a mina te deu um tapa, maior falta de respeito. Primeiro amor é foda mas passa e boa lembrança é sempre bom.

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  4. Senti um estranhamento entre a mudança na narrativa, uma hora falando com ela e outra com o leitor, mas fora isso parabéns pela coragem de admitir sentimentos que hoje em dia são tão pouco vivenciados e valorizados. Parabéns, Ribamar.

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  5. Atenção nos erros ortográficos e de pontuação. Eu achei a narrativa cansativa e com um fim previsto. Mas força para superar a amada, Lucas Ribamar.

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  6. fique mais atento à ortografia, mas sobre a crônica eu consegui acompanhar a história, como em um filme, e, apesar do final previsivel, adoro um bom cliche hahaha, forças para superá-la, ainda tem um mundo pela frente, cheio de novos amores.

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  7. Gostei do texto e a narrativa foi bem interessante. Como a formiga disse, cuidado com os erros de pontuação e ortografia, revisar bem o texto pode ajudar.

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  8. A narrativa está muito boa. Gostei da escolha do texto, mas precisa ficar de olho com a pontuação mesmo. Sinto muito pela sua perda no amor e no 4 a 1 de ontem.

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  9. Não achei o texto cansativo, mas a formatação atrapalha um pouco na leitura. Parabéns pelo texto!

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  10. Gostei da "oralidade" que você trouxe pra narrativa, senti como a conversa que você gostaria de ter tido.Realmente, como já chamaram atenção, faltou um cuidado com a ortografia.

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  11. Que tal enviar essa crônica para ela, "mor"? Se não render uma história de amor pode render uma música.
    Quanto a escrita, mais cuidado com a ortografia. Mais vírgulas ajudaria.

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  12. Curti o texto e achei que o título conversa bem com ele. Talvez a divisão da crônica em parágrafos facilitaria mais a fluidez na leitura.

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  13. Achei os parágrafos bem longos, dificultou um pouco a clareza do texto, mas gostei de como você conduziu a história

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  14. Gostei da narrativa e de conversar com o leitor em alguns momentos. Sobre a ortografia, já foi pontuado.
    Torço para que a supere e viva novos amores lindos e leves.

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  15. Concordo com o que foi dito sobre a ortografia. Mas a narrativa me prendeu bastante, gostei da abordagem. Parabéns!

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