sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Como amar e não enlouquecer?

 Ao se envolver emocionalmente com um time de futebol (ou basquete, futebol americano, vôlei ou qualquer outra modalidade), cuidado!Tenha em mente que sua vida nunca mais será a mesma.Os dias de jogo serão o seu céu ou seu inferno e o desempenho do seu time pode causar danos irreparáveis ao seu dia (quiçá semana!).Falo por experiência própria, desde que o meu time entrou na minha vida, nunca mais fui a mesma pessoa.

Nos primeiros dias, tudo relacionado ao bonitão parecia lindo e maravilhoso. O início de uma paixão é sempre assim, né? Aquela sensação de encantamento, a magia nas vitórias, mal sabia eu que as derrotas para os maiores rivais poderiam mexer com a minha autoestima e bem-estar.

Já dizia Rosana Teixeira em Perigos da Paixão (1998), o sofrimento e o excitação proporcionados por um jogo de futebol mexem tanto com os indivíduos que podem ocasionar confrontos físicos, como no caso de parte de torcidas organizadas. Não se pode generalizar, mas sabemos que acontece. Outra passagem interessante para pensarmos é a do filósofo contemporâneo Rony Weasley em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban: “você vai sofrer, mas vai ficar feliz por isso”. Acho que a mensagem é cristalina e se aplica perfeitamente ao cotidiano de um torcedor.

Logo no título da crônica eu fiz um questionamento: como amar e não enlouquecer?Sinceramente, eu esperava que ao longo do desenvolvimento do texto, conseguisse me aproximar de uma resposta, mas assim como o zagueiro do meu time que faz um gol contra segundos antes do apito final, cada vez mais me afasto de uma vitória ou conclusão.Percebo que sem essa loucura de amor e paixão que se confundem a todo momento eu não sou completo.Só me vejo inteiro com estes sentimentos circulando por cada canto do meu corpo.E mesmo com todo o sofrimento (e são muitos!!!), escolho amar o meu time de coração todos os dias. Porque já transcendeu a escolha, já é parte da minha alma e não poderia ser de outra forma.


                                                                                                       Incenso de Baunilha

12 comentários:

  1. Me sinto representado pelo texto kkkkk é exatamente assim. Você escreveu muito bem, parabéns !

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  2. Aiai, Incenso. Me identifico demais com isso. Amei a crônica, parabéns. "o filósofo contemporâneo Rony Weasley"= perfeito, kkkkkkkk.

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  3. Olha meu querido Incenso, pra quem ja teve Thiago Silva, passar por Gum e leandro euzébio foi duro, por isso entendo seu sentimento. Gostei da crônica, temas futebolísticos são sempre gostosos de serem lidos, e trazer referências externas são fundamentais pra enriquecer o texto, parabéns por isso.

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  4. Achei interessante a escolha temática, foi muito positivo ir para um tema que tenha familiaridade, mas acho que pode tomar mais cuidado para mantê-lo mais racional e não tão pessoal

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  5. Posso não ser chegada em futebol mas amei a referência ao filósofo contemporâneo Ron Weasley

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  6. Entendo bem esse sentimento, devo dizer que gostei muito do uso do filósofo contemporâneo Rony Weasley kkkkk Enfim, a escrita está muito boa e gostei da abordagem bem detalhista.

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  7. Texto interessante, mas concordo com a Cigana Obliqua sobre manter o texto mais racional nesse caso e acho que fugiu um pouco da proposta de alerta.

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  8. Gostei do texto, uma leitura leve e que ao meu ver atendeu os critérios da crônica proposta.

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  9. Poderia tratar o assunto de maneira mais social. Porém ótimo texto. É o amor, né?! No começo são só maravilhas

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  10. Se tá triste não é flamenguista... brincadeiras a parte, acho que tem que tomar um pouco de cuidado de não ser tão pessoal já que a proposta dessa semana era uma crônica com análise acadêmica.

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  11. Apesar de não compartilhar desse sentimento de amor em relação a um time, gostei muito do seu texto, muito gostoso de ler, com as referências bem encaixadas e repleto de ótimas metáforas. Um tema de fato importante, do qual você conseguiu tratar muito bem, inclusive observando como pode ser algo negativo. Parabéns!!

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  12. Achei a abordagem interessante, mas acredito que poderia ter sido um pouco mais racional também. Ainda assim, conseguiu passar bastante do sentimento e me envolveu com a narrativa.

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