Em outra crônica minha aqui nesse site, também tangenciei a dupla ação e reação, quanta falta de criatividade! Mas talvez por isso se chame “lei universal”, porque se aplica em vários contextos. Nosso corpo, por exemplo, é biologicamente projetado inspirado nesse par, sendo assim, quando nos exercitamos, meditamos ou mesmo trocamos carinho com outra pessoa, a reação mesocorticolímbica é positiva, e nosso cérebro libera dopamina, o neurotransmissor da felicidade.
O problema é que nosso cérebro não se acostumou a ser recompensado a longo prazo, e, assim como na física, a reação precisa ser instantânea. Com isso, ficamos como aqueles border collies, de joelhos apenas esperando para comer o biscoitinho.
Mas e depois do biscoitinho, o que fica?
Farelos? Vontade de quero mais? Arrependimentos?
Talvez, um, talvez os três, o que não fica é a sensação de saciedade.
Segundo o dicionário, saciedade é o estado de uma pessoa em satisfação completa, ou seja, precisa atingir a plenitude, trazer satisfação em todas as instâncias. Voltando à biologia, o corpo humano, para avisar a saciedade estomacal, utiliza-se do hormônio da leptina. Mas e quanto às outras áreas? Como saber se já estamos satisfeitos de amor? Ou se não vamos querer repetir o afeto? Vai mais uma dose de tesão aí?
Em outras palavras, o(a) Biscoitinho, por mais gostoso e bem embalado que seja, não chegará nem perto de te saciar.
Talvez nosso corpo não tenha gatilhos para avisar as demais saciedades, justamente pelo fato do limite para amor, afeto e tesão, por exemplo, simplesmente não existir. Só o infinito é capaz de preencher esses espaços. Ainda assim, insistimos em trocar o(a) Infinito, por um efêmero biscoitinho.
Aquilo que é finito, termina em farelos.
Adorei a crônica, principalmente o "insistimos em trocar o(a) Infinito, por um efêmero biscoitinho".
ResponderExcluirObrigado!! <3
ExcluirPo mano, eu curto seus textos, sempre são aprofundados e bem fundamentados. Mas acho que num tema como o dessa semana voce poderia ter focado menos nessa fundamentação e se soltar mais no sentimento hahaha
ResponderExcluirObrigado meu querido, é q o sr. Cara de Pescoço n tem sentimentos, está morto por dentro.
ExcluirMt decepção
(tentarei nas próximas)
O texto em si é muito bom, gosto da sua forma de abordar os temas, mas senti falta do empírico, não consegui enxergar você e sim uma conceituação da proposta
ResponderExcluirO empirismo também abarca a observação.
ExcluirMas seu comentário é mesmo pertinente, ainda tenho dificuldade em colocar o "eu" nos textos.
Obrigado!! Também gosto mt dos seus textos
(não que eu esteja negando que tenha algo relacionado a mim no texto, mas fica a cargo do leitor a dúvida rsrsrsrs.)
Caraca, muito bom. De verdade. Costumo dizer que saciedade é pra quem já atingiu o nirvana, não sei se por eu sempre buscar estímulo do meio. Nunca estou satisfeito e, sinceramente, não o quero. Parabéns, Cara de Pescoço. Me prendeu até a última frase.
ResponderExcluir<3 que bom que gostou!
ExcluirGosto bastante das sacadas que você faz nos textos, me fazem pensar, como essa questão da saciedade. Sua objetividade é muito bem escrita (parabéns!) mas de alguma forma sinto falta de uma coisa mais pessoal, mas isso não é uma crítica, porque sua crônica está ótima, Cara de Pescoço.
ResponderExcluirVc bem que poderia me ensinar ne kkkkkk Mas de qualquer forma, tentarei nas próximas colocar mais pessoalidade
ExcluirObrigado Estrela! <3
hahaaha eu me entrego até demais, ai é fogo
Excluirde nada!! <3
Gostei muito da crônica, cirúrgica e objetiva. O assunto me interessa muito, e volta e meia me pego pensando nessas questões. A comparação com os biscoitinho e farelos foi muito inteligente. Como já mencionaram e você também já falou sobre a dificuldade de se inserir mais abertamente nos textos, gostaria de ver mais disso nas próximas.
ResponderExcluirObrigado!! <3 Prometo q tentarei
ExcluirSenti o texto muito técnico com vasto repertório sociocultural que cheguei a me perder um pouco. Estou até agora tentando pronunciar "mesocorticolímbica" hahaha senti também uma fulga ao tema, porém você escreve bem e gostei bastante da última frase!
ResponderExcluirA intenção com essas palavras (mesocorticolimbica, neurotransmissor, etc) era fixar o contexto biológico na cabeça do leitor, pq dps eu retomo ele em outro parágrafo, mas entendo q n é uma palavra mt usual.
ExcluirObrigado pelo comentário!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOs comentários sobre o texto não trazer um lado mais pessoal seu são bem pertinentes em um tema como esse, no entanto, consegui absorver sua intenção e seus pensamentos expressos na crônica muito bem, talvez por também ter essa dificuldade de me abrir com outras pessoas.
ResponderExcluirExatamente, não é pelo fato de não estar em "formato desabafo", que não seja altamente pessoal. Toda a escrita tem um pedaço de nós, é impossível dissociar, como disse o professor numa das aulas.
ExcluirObrigado pelo comentário!! <3
Assim como os outros já disseram, senti falta de algo mais pessoal e uma história que demonstrasse a proposta de fato, mas entendo que colocar isso em prática pode ser difícil ás vezes. No geral gostei do texto, foi muito bem escrito, parabéns!!
ResponderExcluirA metáfora dos biscoitos está ótima e faz todo sentido. Seu texto está muito bom. Eu só teria colocado um ponto em algum lugar no meio do primeiro parágrafo para não deixá-lo muito longo, mas é um gosto pessoal meu.
ResponderExcluirValeu! pensarei nisso na próxima vez
ExcluirNecessário! Apesar de sentir um pouco sua falta no texto, como já bem pontuaram, ainda assim é super possível refletir e se sentir representado em muitos aspectos. Parabéns mais uma vez!
ResponderExcluir<3 Obrigado!
ExcluirTexto excelente quase que do início ao fim, só achei que a conclusão poderia ter sido mais desenvolvida. Fora isso, bom demais !
ResponderExcluirObrigado!!
ExcluirNo geral gostei bastante do texto, mas nao entendi muito bem onde se encaixaria a autossabotagem e pulsão de morte, senti falta do sentimentalismo e do próprio você dentro da crônica.
ResponderExcluirA pulsão está em mesmo tento o infinito, trocarmos por prazeres efêmeros, mas ficou sutil mesmo, no mais, obrigado pelo comentário! <3
ExcluirEssa metáfora do biscoito foi bem perspicaz, me fez refletir sobre até onde podemos ir por tão pouco e que isso não sustenta um relacionamento. Gostei da maneira que você desenvolveu, parabéns!
ResponderExcluirQue bom que gostou! <3
ExcluirBoa crônica, ela é bem objetiva e gosto do jeito que você escreve, brincando com as palavras. Achei que faltou um pouco mais do lado pessoal, mostrar mais os sentimentos.
ResponderExcluirAmei como escreveu a crônica e das palavras e metáforas usadas. Poderia ter posto mais o sentimento, mas imagino que seja difícil.
ResponderExcluir"O problema é que nosso cérebro não se acostumou a ser recompensado a longo prazo, e, assim como na física, a reação precisa ser instantânea. Com isso, ficamos como aqueles border collies, de joelhos apenas esperando para comer o biscoitinho." Estou chocado em como esse trecho é verdadeiro.
Valeu Ritinha!! esse "Estou chocado" entregou o gênero do pseudônimo eim rsrsrsrsr
ExcluirInfelizmente deixei esse passar. Faz parte! hahahaha
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