Era um dia ensolarado, e eu como grande amante e colecionador de camisas de futebol, tinha achado um anúncio muito interessante. Uma camisa branca, antiga, do meu time de coração. Só tinha um porém, a distância. Eu moro em Niterói, a anunciante em Botafogo. Como não poderia deixar passar essa oportunidade, juntei todo o dinheiro que tinha guardado, juntei notas e moedas, muitas moedas, buscando até na mochila aquelas perdidas para inteirar no valor.
Para não ir sozinho, chamei um amigo, que também coleciona camisas de futebol. O plano era simples, eu pegaria o ônibus para o Rio no ponto perto da minha casa, ele entraria no perto da casa dele e íamos. Porém, não foi assim que aconteceu. Já no ponto, o ônibus desejado estava passando e eu entrei, a passagem custava por volta de R$ 8,00, comecei a mandar mensagem para o meu amigo, avisando que estava no ônibus, mas ele não me respondia. Quando estava chegando no ponto dele, ele me liga e fala que estava na rua de casa. Nesse momento, tinha que tomar uma decisão, seguia no ônibus e ia sozinho, ou saía e gastava mais uma passagem. Como ele estava fazendo esse esforço por mim, resolvi sair.
Passamos no Burger King e compramos um lanche, no sol quente, esperamos meia hora até chegar o próximo ônibus. Quando chegou, entramos e fomos até a Central do Brasil. Fizemos a baldeação e fomos para Botafogo, seguindo o Moovit, app de transporte público, pois não sabia muito bem o endereço do anunciante. Saímos um ponto antes e fomos andando até encontrar com o senhor que vendeu a camisa para mim. Quando nos encontramos, ali mesmo na calçada, conversamos um pouco e fomos aos negócios. Assim que ele me mostrou a camisa peguei o dinheiro, algo em torno de R$ 250,00, mas de repente apareceu um pedinte. O senhor que vendia a camisa já o conhecia, pois ele ficava na vizinhança, logo conseguiu fazer com que ele fosse embora. Contei as notas e puxei as moedas, meu amigo se impressionou, por que não é comum no meio do colecionismo pagar com moedas, mas era o único dinheiro que tinha, fazer o quê?
Depois de finalizar a compra decidimos dar um rolé. Passamos em uma lanchonete e comemos um salgado, partimos para a praia e como fazia muito calor, nada como se refrescar com uma lata de Brahma gelada. Curtimos um pouco e pegamos o ônibus de volta para casa. Fizemos o caminho inverso e chegamos em Niterói, eu com minha camisa branca e sem nenhum centavo e meu amigo com uma boa história.
Lucas Ribamar
Legal, só pontuaria que é ROLÊ, não "rolé".
ResponderExcluirboa história, parabéns pela crônica.
Eu acho que foi intencional pra pontuar e marcar o carioquês!
ExcluirUma história legal, gostei da crônica.
ResponderExcluirGostei da crônica, Ribamar. Só achei que foi muito detalhada e pode ter sido um pouco demais pro meu gosto. Mas adorei a história, parabéns.
ResponderExcluirQuando se cresce em Niterói, andar no Rio sem conhecer é sempre uma aventura maneira hahaha
ResponderExcluirHistória interessante, foi bem escrita. Mas com concordo com o Michael sobre os detalhes, não foi algo que atrapalhou o texto exatamente, mas acho que deixou um pouco cansativo. No mais, é uma boa crônica.
ResponderExcluirGostei bastante do seu texto, bem leve de se ler (gatilhos também pois saudade de uma praia) Parabéns!
ResponderExcluirGostei do texto! Só achei engraçado que mesmo vc narrando que tava meio quebrado, tu ainda conseguiu comer um BK, pagar uma passagem a mais e ainda comer um lanche numa lanchonete no rio provavelmente na praia com aquele superfaturamento gostoso! Hahaha
ResponderExcluirBoa crônica, conseguiu detalhar muito bem.
ResponderExcluirBoa crônica, mas acho que apesar dos detalhes todos não foi algo que me prendeu tanto, no entanto, não sei ao certo o que faltou para me prender mais.
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