Que notícia difícil de ser processada. Ninguém está preparado para se submeter a mais uma cirurgia, embora já fosse esperado. Para deixar vocês por dentro da história, essa seria a minha quinta cirurgia, tendo somente 13 anos. As primeiras cirurgias começaram antes do meu primeiro ano de vida.
O clima era de tensão dentro do consultório. Mas, enfim, não é essa parte da história que eu quero contar para vocês. A tensão mesmo estava na semana da cirurgia. Tive alguns meses de preparo fazendo exames, mas não foi tempo suficiente para me preparar psicologicamente.
No dia da cirurgia, meu tio nos levou ao hospital. Ele é muito sensível, então lembro de conseguir ver pelo retrovisor os olhos dele cheios de lágrimas. Meus pais seguiam intactos (pelo menos por fora). Ao chegarmos no hospital, descobrimos que não seria possível realizar a cirurgia naquele dia, pois estavam sem vaga no quarto. Fomos orientados a voltar dois dias depois.
Um dia antes, recebemos uma ligação do meu médico dizendo que não seria possível realizar a cirurgia no dia seguinte, porque o anestesista não conseguiria estar. Confesso que toda essa espera, por mais que parecesse um alívio uns dias a mais sem cirurgia, para mim não era. Só queria que tudo passasse logo. Acho que os meus pais pensavam da mesma forma.
Finalmente, o dia da cirurgia chegou, e dessa vez não foi alarme falso. Por incrível que pareça, nesse dia eu estava preparada, sem nervosismo, sem pressão. Antes de entrar, lembro de abraçar os meus pais, mas não foi um abraço de despedida. Todos tentavam parecer fortes, independente do medo. Depois disso, já não posso mais falar por mim, pois estava sob efeito da anestesia. Por fim, correu tudo certo.
Jane Austen
Boa história, mas achei q vc repetiu muitas vezes a palavra "cirurgia", podia usar procedimento, operação, etc. No mais, parabéns pela crônica!
ResponderExcluirTexto interessante de uma experiência tão pessoal sua, estou curiosa para voltar e ver o ponto de vista de outra pessoa que viveu isso com você!
ResponderExcluirTem esperas e adiamentos na vida que estão aí para nos fortalecer e nos preparar. Gostei do seu texto e me identifiquei em certas partes pois já passei por uma situação semelhante com um parente.
ResponderExcluirGostei, Jane. Achei a história boa. Achei que teve, como mencionado acima, muita repetições de algumas palavras, como preparo. Mas muito boa, parabéns
ResponderExcluirGostei muito, achei interessante como você falou um pouco sobre o comportamento dos outros e sobre os possíveis sentimentos das pessoas envolvidas naquele momento. Mas, concordo com o primeiro comentário feito aqui sobre a repetição de palavras. No geral, é um bom texto.
ResponderExcluirGostei da comparaçao entre as diferenças da reação do tio para a dos seus pais, talvez pudesse ter se aprofundado mais nisso, mas que ótimo que teve um final feliz.
ResponderExcluirGostei do texto, mas achei que poderia ser um pouco mais detalhado, esperando o outro ponto de vista, talvez traga mais aprofundamento!
ResponderExcluirGostei da sua narrativa, parabéns
ResponderExcluirTexto bom! Talvez se tivesse descrito com mais detalhes tornaria a leitura mais interessante, porém, gostei msm assim.
ResponderExcluirMostrei o texto para a minha mãe e ela ainda acrescentou que foi adiado três vezes, e não duas. Ela disse que ainda teve depois do segundo adiamento por causa do anestesista, mais uma espera por causa que do cirurgião havia marcado e depois ligou dizendo que não podia. Na visão dela foi tudo ainda mais intenso. Ela chorava todos os dias com medo e sentia que eu também sofria, embora não demonstrasse. Minha mãe ainda relatou que apesar de não vir constantemente me consolar e falar sobre o assunto, sentia muita vontade de fazer isso.
ResponderExcluirQue memória pessoal! Me senti como alguém que te conhece e ouvindo seu relato sobre um dia tão seu. Que louco!
ResponderExcluirGostei da narrativa e concordo apenas que poderia ter alternado na palavra cirurgia, para dar um ritmo melhor para o texto. Mas nada que atrapalhe tanto, parabéns.
Gostei da narrativa, simples e flui bem. Parabéns!
ResponderExcluirVocê conseguiu me prender com sua narrativa tão pessoal, Jane! Fico feliz que deu tudo certo e parabéns por ter escrito tão bem um assunto tão delicado!
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