O medo recorrente de pisar na bola, ou até mesmo de dar apenas um tropeço. O medo de dizer algo errado, fazer algo errado, tratar da forma errada. A ansiedade gerada pela constante observação. Vivendo sempre em alerta, buscando uma forma de escapar.
Nem sempre as coisas foram assim e também não sei o porquê delas terem ficado desse jeito, mas me lembro bem de quando tudo começou: um pouco antes do natal de 2014. Desde então nada se manteve igual, cada dia mais atarefados, mais cansados e mais distantes uns dos outros. Foi em 2017 que percebi o que estava realmente acontecendo: passei o 25 de dezembro comigo mesma, assistindo a filmes natalinos pelos serviços de streaming na TV, nunca havia me sentido tão sozinha em toda a minha vida.
De repente a explosão. Gritos. Lágrimas caindo. Portas batendo. “Vamos embora”, foi o que eu ouvi. Mas nós não fomos, na verdade parece que nunca iremos. Seguimos andando cautelosamente, pisando em ovos, se é assim que se diz no ditado.
Por favor não se preocupe, as pessoas são assim. Se um dia eu tivesse ouvindo minha mãezinha... Tome cuidado com suas escolhas. Como poderia eu, confiar e me entregar a alguém com todas essas frases martelando na cabeça? Com todas as imagens e todas as vozes, que um dia se levantaram, ecoando constantemente em minha mente?
Difícil é ter que ver e não poder fazer nada, ver uma criança crescer em meio a isso tudo, amadurecer em meio a isso tudo. Difícil é passar alguns dias vendo o medo escancarado em seus olhos e não poder dizer que as coisas vão melhorar, por não saber se isso vai acontecer.
Meu desejo era apenas de não o deixar passar por tudo o que passei, talvez sumir, só eu ele. Mas coisas como essa são utópicas. O que nos resta é ter esperança de dias melhores.
O que eu mais me pergunto é se algum dia conseguirei sair disso, ou se ao menos me desligarei de todas essas memórias que tanto me afetam.
Vivendo e me esgueirando, como poderia eu continuar assim?
A Garota da Echarpe Verde
Difícil demais, Garota. Dias melhores virão. Parabéns pelo texto.
ResponderExcluirInfelizmente achei o texto confuso, não consegui entender bem o que quis dizer, mas o pouco que entendi me fez sentir sua dor, forças!
ResponderExcluirNão consegui entender algumas partes da história, fiquei um pouco confusa até do que está sentindo. Melhoras!
ResponderExcluirConseguiu passar seus sentimentos, sua agonia com a situação, mas
ResponderExcluirtambém achei o texto bem confuso, com informações meio desconexas.
Eu estou confusa, fiquei agoniada junto com você, mas sem entender do que você estava falando.
ResponderExcluirOi, anjo. Achei o texto um pouco confuso depois do segundo parágrafo, não consegui compreender a quem a narrativa se refere mas senti a angústia na sua escrita. No penúltimo parágrafo acho que você fala sobre não querer deixar seu irmão passar pelas mesmas coisas que você e eu compartilho desse mesmo sentimento.
ResponderExcluirAcredito que deva ser uma situação muito delicada e espero que você consiga perceber que é capaz de sair desse ciclo.
Achei o texto um pouco confuso, não consegui identificar sobre o que você estava falando exatamente. Poderia ter planejado a escrita pra deixar as ideias mais conectadas, mas no geral gostei do texto. Te desejo tudo de bom e que você se sinta melhor!!
ResponderExcluirEu fiquei um pouco confuso sobre exatamente o que você estava falando. Esse ambiente que me parece hostil é a sua casa? O lugar onde você mora? Faltou um pouco mais de clareza. Acho que você pode melhorar nessa parte e torço para que fique tudo bem com você e quem você ama!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAssim como os outros comentaram aqui, não ficou tão claro pra mim o contexto da sua agonia, o "em meio a isso tudo" da sua crônica. De qualquer forma, entendo que verbalizar (no caso aqui, escrever) por completo, detalhadamente, as coisas que causam dor, pode ser uma tarefa muito difícil e creio que talvez tenha sido essa a intenção, de não explicitar o que está ocorrendo. Pude sentir a sua tristeza no texto e espero que um dia você consiga verdadeiramente se libertar dessa situação (ou das memórias dela).
ResponderExcluirApesar de conseguir compreender o texto, entendo os comentários acima que dizem que está um pouco confuso, talvez seja pela formatação esolhida. No entanto, consegui sentir sua angústia a cada parágrafo que lia e espero que aos poucos você consiga se livrar dela
ResponderExcluirParabéns pelo seu texto, deu para sentir sua angústia. Só acho que a fluidez ficou um pouco comprometida, o foco da crônica ficou um pouco confuso. Tirando isso, gostei
ResponderExcluirConseguiu passar a angústia, o texto ficou intenso e cumpriu bem a proposta. Espero que você consiga sair disso que está passando, forças!
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