Eu tenho medo de falar de sentimentos, eu tenho medo disso que estou fazendo agora.
Eu tento ser meu próprio psicólogo, talvez isso seja uma ideia idiota, provavelmente é.
Sei lá, eu não me considero um cara com muitos demônios. Alguns.
Ficar sozinho, envelhecer, envelhecer e ficar sozinho.
Graças à Deus - já morto quando eu cheguei - tenho poucos traumas. Algumas coisas que eu
gostaria de ter feito, que talvez ainda dê pra fazer. Talvez não importe mais.
Uma vez eu fiz uma sessão de terapia, saí de lá horrorizado, em como o terapeuta foi
decifrando pelo que eu sentia, não que estivesse errado, estava absolutamente certo, e isso me
assustou mais que tudo.
Nunca mais voltei.
Falar disso com quem não conheço me apavora, por isso peço desculpas, não tem
pseudônimo que resolva.
Plínio Haroldo Cisne
infelizmente entendo isso...
ResponderExcluiro bloqueio criativo criou uma criação
ResponderExcluirSeu relato é muito importante, a terapia realmente assusta, a gente não quer dizer certas coisas e nem ouvir outras. Mas depois que você identificar e encara seus demônios, as coisas começam a melhorar e muito! Relato simples, curto mas extremamente valoroso. Parabéns !
ResponderExcluirGostei da forma que você realmente criou um texto sobre a dificuldade de falar de suas próprias dores, mas não consigo evitar de querer que fosse um pouquinho mais longo! Mas no geral, gostei do texto e acho que retratou algo que muita gente pode se identificar.
ResponderExcluirGostei bastante disso! Vc não sabia exatamente o que falar mas conseguiu falar que não consegue falar (confuso não? Haha).
ResponderExcluirMuito bem escrito, muito profundo, muito pertinente, muito bom. É o que muitos sentem. Parabéns
ResponderExcluirPodia desenrolar mais o texto, me parecia com certo receio. Ah, cuidado com alguns erros primários como em "Graças à Deus". Não existe crase neste caso pois a palavra seguinte - Deus - é masculina. No mais, o texto, ainda assim, não foi chato, parabéns.
ResponderExcluirNão consegui deixar de querer te conhecer um pouco melhor, mas entendo que esse pequeno trecho conseguiu falar muito. Foi inesperado e, de alguma forma, intrigante.
ResponderExcluirÉ curto mas foi bem escrito. Mesmo sentindo esse bloqueio você conseguiu criar algo, pense nisso. Parabéns!!
ResponderExcluirSimples, direto e bastante comovente. Está muito bom mesmo. Parabéns!
ResponderExcluirEstá tudo bem não conseguir se abrir; isso não o impediu de fazer um belíssimo texto!
ResponderExcluirO que importa é que de alguma forma, mesmo que sem querer, você expressou o seu trauma. Espero que as próximas crônicas te ajudem mais com ele. E falando nelas, poderia apostar em escrever um pouco mais mesmo que seja deixando claro que não queria escrever.
ResponderExcluirAdorei que você falou e não falou do seu trauma, achei muito interessante.
ResponderExcluirQuanto ao psicólogo, realmente é assustador a primeira vez, a gente sai querendo nunca mais voltar.
Mesmo sendo um texto pequeno, consegui senti a sua dor e até me identifiquei com a sensação de "tentar ser seu próprio psicólogo".
ResponderExcluirTexto direto, mas que conseguiu passar a mensagem. De fato, encarar seus sentimentos numa terapia é um tanto desconfortável e de primeira, assusta. Se puder e quiser, vale dar uma nova chance a essa experiência.
ResponderExcluirApesar de ser curto, o texto é de fácil compreensão. Gostei que você não tinha "intenção" de falar de um trauma, mas acabou falando.
ResponderExcluirA melhor parte do texto é que mesmo intencionalmente você nos mostrou um trauma seu.
ResponderExcluirMesmo sem querer, você se mostrou e confessou um trauma.
ResponderExcluirParabéns pelo texto. Te desejo força e que a terapia deixe de te assustar, como me assusta também.
Entendo bem como é isso, por muito tempo fugi da terapia também. O texto é bem direto e flui bem, acabou que você conseguiu desenvolver nele um trauma que talvez nem tenha se dado conta que é um. Te desejo força!
ResponderExcluirNa dor e na incerteza você acabou conseguindo compartilhar todos esses sentimentos com a gente. Não é fácil, eu sei, mas acredito que a escrita é uma grande aliada e proporcionou essa crônica curtinha, mas muito objetiva.
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