Era uma sexta-feira a noite. Estava pronto e arrumado para a festa de formatura do meu ensino médio. Minha mãe me levaria até o ponto de encontro onde partiríamos de van para o local do evento, um centro de conferências no centro da cidade que foi alugado pelo meu colégio para aquela noite. Estranho foi que até uma ou duas semanas antes eu nem ia nela. Não estava animado. Contudo, no final acabei mudando de ideia e fui. A festa era com aqueles temas clássicos de festa de formatura. Todos vestidos de roupa social, terno e gravata e suas diversas variações possíveis.
Acho que tinham umas dez pessoas naquela van. Alguns que eu tinha pouco contato e só me aproximei mais no terceiro ano, outros já eram amigos mais antigos e alguns eu mal trocava palavras. O transporte quem conseguiu foi um desses amigos que me aproximei no terceiro ano. Era um vizinho dele que iria levar e buscar a gente.
Bem, não foi exatamente assim que aconteceu.
A parte da festa em si foi pouco interessante. Um porque eu não sou a pessoa mais festeira do mundo e segundo porque eu lembro de pouca coisa. O final vai te interessar muito mais. O dia raiou e teve até uma espécie de café da manhã na saída. Eu, que já era um velho de espírito naquela época, estava absolutamente esgotado, cansado e meus pés doíam. Não via a hora de sentar no banco da van e ir dormindo até o final do trajeto.
Já começando pelo fato de que na hora marcada só deveriam ter duas pessoas na van. O restante ainda estava espalhado pela festa, alguns bêbados, outros ajudando os bêbados e outros simplesmente perdidos mesmo. Quando finalmente reunimos todos, apareceram dois amigos de um cara que estava com a gente na van, pedindo carona. Depois de muita discussão ele foi, entrou, mas não parou quieto nem por um instante. Perturbando todo mundo.
Na hora de sair, ninguém sabia o caminho correto. Um dos presentes na van tentava ajudar o motorista e guia-lo, enquanto o “penetra”, bastante alcoolizado diga-se de passagem, só atrapalhava. Até que em certo momento o que estava ajudando não se segurou e foi pra cima do chato. A van parou, os dois desceram e começaram a trocar socos e pontapés no meio do centro da cidade do Rio de Janeiro. Alguns tentavam apartar a briga, outros foram se meter nela. Minha única reação foi segurar um amigo para não se meter. Falo pra ele até hoje que achei que ele fosse me bater.
O bêbado acabou ficando por ali mesmo e seguimos viagem até o ponto final. O problema foi que nesse bafafá a van sofreu alguns problemas. O rapaz que era amigo do penetra disse que era para o dono do transporte liga-lo, que ele pagaria o conserto e quaisquer problemas. No final das contas todos ficaram em lugares separados e eu fui o único que desci no lugar estabelecido. De lá fui para minha casa. E assim terminou uma noite que terminou de dia, com um final dos mais bizarros possíveis e uma formatura que a princípio eu nem iria acabou ficando na memória.
Péricles
"Já começando pelo fato de que na hora marcada só deveriam ter duas pessoas na van. O restante ainda estava espalhado pela festa, alguns bêbados, outros ajudando os bêbados e outros simplesmente perdidos mesmo. " essa parte deu MUITO gatilho. Parabéns pela crônica!
ResponderExcluirMuito obrigado pelo elogio! Essa parte da festa eu lembro bem haha!
ExcluirGostei muita da crônica, Péricles. Só pontuo uma coisa: na parte "Um porque eu não sou a pessoa mais festeira do mundo e segundo porque eu lembro de pouca coisa." acho que seria mais coerente usar primeiro e segundo, ou um e dois separados para indicar que eram duas pontuações. Fora isso, me prendeu do início ao fim.
ResponderExcluirThat's what HE said! Você tá coberto de razão, Michael! Talvez faltou uma revisão um pouco mais atenta da minha parte. Obrigado pelo elogio!
ExcluirGostei muito da crônica, consegui visualizar bem a história e estou ansiosa para o seu comentário com uma segunda visão desse final!
ResponderExcluirObrigado Cigana! Acabei de postar as outras visões dessa noite! rs
ExcluirDemorei um pouco pra ter a resposta de quem estava comigo, mas eles falaram que no geral a crônica está verossímil. A única parte que eles corrigiram foi primeiro a respeito da festa, já que para eles foi muito mais interessante do que para mim. E também sobre a confusão em si. Eles me deram detalhes que eu não lembrava, principalmente pelo motivo da confusão começar. Na verdade não foi tão por causa do caminho pra casa, mas sim pelo rapaz bêbado ter quebrado parte da van por dentro.
ResponderExcluirHistória muito interessante, gostei da narrativa e consegui imaginar todo o cenário. Me identifiquei muito com a parte em que fala que é um velho de espírito e que já estava cansado kkkkkk. Parabéns!!
ResponderExcluirCurti bastante a crônica, acho que você conseguiu expressar sua memória muito bem. Formaturas sempre rendem histórias haahahah parabéns!!
ResponderExcluirGostei da crônica, achei que algumas partes ficaram confusas como "Quando finalmente reunimos todos, apareceram dois amigos de um cara que estava com a gente na van, pedindo carona. Depois de muita discussão ele foi, entrou, mas não parou quieto nem por um instante." Me pareceu que o cara já estava na van com vocês e os outros dois que estavam pedindo carona, mas na verdade era só um, certo? Não sei se o problema é comigo, mas realmente não entendi essa parte. No mais, gostei muito da história, o final ficou bem legal. Deve ter sido muito engraçado passar por isso pessoalmente.
ResponderExcluirMds que caos! Kkkkkk no geral gostei da crônica. Tem alguns errinhos mas cumpriu o propósito, parabéns!
ResponderExcluirkkkkkkk adorei como você relatou com muitos detalhes esse acontecimento. Me senti contemplada em "velho de espírito" pois a primeira coisa que procuro quando chego em uma festa é um banquinho pra sentar kkkk parabéns pela crônica, Péricles!
ResponderExcluirO caos! kkkkkkkkk
ResponderExcluirGostei dos detalhes, realmente só acho que poderia trabalhar melhor as pontuações para ajudar na leitura mais fluida do texto.
História boa e engraçada kkkkk só alguns problemas com pontuação que dificultaram um pouco a leitura, mas gostei dos detalhes e da história, cumpriu bem a proposta.
ResponderExcluir