Sempre foi certinha, notas boas na escola, bons amigos, pais presentes e compreensivos, um cenário bom de se olhar de longe. Tinha suas duas amigas, com pensamentos iguais e gostos iguais. Vivendo todos os dias com essas mesmas amigas, mesma rotina, mesmo ela, mesmo ar, mesma energia, mesmo tudo.
Suas amigas eram tudo pra ela, eram seu porto seguro no meio de todo aquela confusão que era ser uma adolescente cheia de hormônios. Eram amigas que a apoiavam, que a ajudam, que choravam e riam juntas. Sempre juntas. Entravam em confusão juntas, recebiam elogios por serem lindas juntas, aprendiam tudo juntas... Juntas! Juntas?... Ai, juntas demais.
Grudentas demais.
Tudo isso começou a cansar. Era muito monótono muito feliz, haviam outras pessoas pra se relacionar pra se descobrir, pra experimentar. E aquele outro grupinho de amigos, que tinha muitas pessoas e que vivia sentado no meio do pátio da escola descolados, chamativos, mais velhos, mais legais, mais espontâneos, mais interessantes, mais tudo, parecia a resposta certa.
Achou que era aquilo, resolveu inovar. Não faz mal né?!
Largou tudo e se juntou ao outro grupo de amigos e não dava mais atenção pras amigas de antes, as que sempre estiveram do seu lado. Foi um corte de laços abrupto. Se divertia com esses novos amigos mesmo que eles não escutassem seus problemas, mesmo que eles não a considerassem como ela começou a considera-los, mesmo que não houvesse reciprocidade ali. “Não faz mal né?!” “Todo mundo faz isso, não sou a única que troca de amigos”, mantinha isso em mente ao máximo.
Mas então, suas antigas amigas vieram conversar, elas se sentiram traídas, abandonadas, descartadas. Brigaram. Teve choro no final, teve desculpa, teve explicação. No meio de todo aquele caos uma das amigas solta a frase “Você trocou qualidade por quantidade” Ela sentiu dor ao ouvir aquela frase. Conseguiu cair em si, foi como uma epifania do grande erro que tinha cometido, viu que quase perdeu suas amigas de verdade. Viu como foi má com elas, viu que não tinha problemas, não era monótono. Era real.
Caiu em si e foi a melhor queda possível.
amei a última frase, parabéns pelo texto
ResponderExcluirIsso é algo que realmente acontece muito com amizades longas assim, e fico feliz que vocês conseguiram voltar a ser próximas depois desse período, ótimo texto!
ResponderExcluirMe senti lendo um filme adolescente hahaha, mas não necessariamente é algo ruim, na minha opinião o texto foi um pouco raso, talvez seja questão de gosto. Mas concordo com o comentário acima sobre a ultima frase, foi uma ótima sacada!
ResponderExcluirTenho que confessar que achei a história clichê. Eu sei que provavelmente é uma história real (tendo em vista que era a proposta), mas talvez você tenha romantizado um pouco. Não sei, achei ela meio distante da realidade e acho que isso interferiu na qualidade do texto. Parece um conto de fadas ou um filme besteirol americano. Porque as coisas são tão complexas, as pessoas são tão complexas e no seu texto pareceu tudo muito superficial. Desculpa criticar tanto, por favor não me odeie kkkkkkkkk eu gostei muito de como sua crônica começou, mas acho que talvez você esteja omitindo um desenvolvimento um pouco mais profundo, não sei. No mais, parabéns por ter me instigado tanto a ponto de eu escrever mais do que de costume nesse comentário. Estou sendo realmente sincera e talvez tenha deixado meus sentimentos interferirem nisso que deveria ser uma crítica objetiva, mas é que seu texto realmente me fez pensar. Parabéns.
ResponderExcluirQue isso, não vou te odiar kkkkkkk. A história parece muito filme teen americano mesmo mas ela realmente aconteceu e quando terminei de escrever também pensei nisso. Obrigada pelo comentário!!
ExcluirAchei incrível isso kkkkkkk Obrigada pela crônica!
ExcluirGostei do texto, acho q é uma coisa que acontece mesmo na vida das pessoas. Tem sempre uma fase assim.
ResponderExcluirPor mais clichê que seja, o clichê só é clichê porque funciona. Eu já fui esse clichê e infelizmente não tive o mesmo final feliz de reconciliação que você. É muito fácil se deslumbrar com o que estava fora da sua rotina e você mostrou isso muito bem. Gostei muito do texto.
ResponderExcluirTambém acho que a história foi um pouco rasa, os sentimentos citados não foram profundamente trabalhados. Mas acredito que a história cumpra com o seu objetivo, eu inclusive consegui me identificar bastante, mas infelizmente, no meu caso a amizade "inseparável" realmente acabou.
ResponderExcluirAchei que tratou sobre o tema da semana e gostei muito da frase final.
ResponderExcluirAchei seu texto muito bom, a frase final então nem se fala. Eu já vi casos como o seu, mas não achei que isso fosse um problema. Ótimo!
ResponderExcluirConcordo que me senti lendo um roteiro de filme adolescente, talvez a romantização faça parte de como se deu a história pra ti no tempo-espaço que ela aconteceu.
ResponderExcluirEssas são coisas que acontecem mesmo, e no fim das contas já me vi nessa situação e a minha história não terminou com um bom desfecho.
Fico feliz por vocês terem se dado uma nova chance.
Achei um pouco romantizado demais tambem, mas isso é pessoal, ninguem melhor do que voce pra entender o que aconteceu
ResponderExcluirAchei um pouco romantizado demais tambem, mas isso é pessoal, ninguem melhor do que voce pra entender o que aconteceu
ResponderExcluirComo disse em outras crônica, essa narrativa mais ''natural'' funciona bem nesse tema proposto, então gostei da forma que escreveu. E realmente, novos contrastes são bem vindos, porém, na medida certa.
ResponderExcluirOlha, eu gostei bastante da sua cronica mas talvez tenha faltado um pouco mais dos seus sentimentos... Assim como já disseram a hisória ficou um pouco clichê mesmo mas eu, em particular, nao vejo problema algum nisso. Gostei de verdade! Parabéns
ResponderExcluirÉ uma boa crônica, mas senti falta dos seus sentimentos na história.
ResponderExcluirGostei bastante da abordagem e da escrita, me prendeu bastante. Parabéns!
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