Querida Dandara dos Palmares,
Primeiramente gostaria de agradecer pelas doces palavras da crônica anterior. Durante a leitura, me senti acolhida e compreendida – o que não tem ocorrido com tanta frequência nas últimas semanas. Confesso que você me surpreendeu ao conseguir captar a minha essência de forma tão certeira, mesmo sem saber quem escreve por trás deste pseudônimo. Notei que, assim como eu, você também é observadora e carrega a sensibilidade nas palavras. No entanto, vale destacar que a minha aparência doce e tranquila não é capaz de definir completamente quem eu sou. Realmente, sou doce e tranquila na maior parte do tempo. Contudo, quando preciso me impor não hesito em deixar transparecer outros traços da minha personalidade. Afinal, o meu maior temor é ser silenciada.
Entretanto, você realmente me conhece… Comecei a questionar se a ovelha é mesmo o animal que melhor me representa e cheguei a conclusão de que eu pareço uma ovelha. Porém, no meu interior vive uma grande loba – e eu não teria percebido isso sem você! Como você sabiamente observou, eu não estou bem… Mas acordo todos os dias na esperança de sair dessa escuridão que insiste em me consumir. De alguma maneira, estou lutando contra isso. Agora, escolho quais batalhas valem a pena e poupo ao máximo a minha energia. Já aceitei que não consigo mudar a mentalidade da minha família – são muito conservadores e não aceitam as transformações da sociedade, por isso a minha geração precisa tanto de terapia – como também não nasci para agradá-los.
Ah! Achei ótima sua recomendação de música! Eu adoro ouvir músicas enquanto escrevo… Na verdade, tenho um gosto musical bem eclético nas minhas playlists do spotify. Lá você encontra um pouco de tudo: pop, rock, mpb, samba, nacionais e internacionais. Confesso que ainda não consigo desapegar de músicas antigas do início dos anos 2000 – essas são as que mais mexem comigo pela sensação de nostalgia.
Respondendo ao seu questionamento: também gosto de tomar um bom vinho nas noites frias do inverno e aprecio muito rolês culturais em museus. Tenho uma relação muito próxima com as belas artes.
Por fim, espero que com esta carta você consiga me conhecer um pouco mais. Tentei me abrir e sei que você vai me entender. Além disso, sinto que já somos íntimas… Você não está sozinha! Eu estarei aqui para te ouvir e acolher sempre que você precisar. A distância entre nós parece imensa, mas ela não impede o surgimento de uma grande amizade!
Com carinho, Elizabeth Bennet.
Por Elizabeth Bennet
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