sexta-feira, 20 de maio de 2022

 Um olhar sobre o Pedro Bial da depressão


Escrevo esta crônica na intenção de transmitir não só a “imagem” de uma persona, mas também todo o meu carinho por sua entrega em alguns textos. Mergulhei na sua escrita reflexiva, literária e, por vezes, um pouco intimista, em busca do espaço entre linhas a ser descoberto. Mesmo assim, ainda me encontro em um dilema: o que dizer sobre você? Será que consegui captar a sua essência? Afinal, quem é o Pedro Bial da depressão? Não posso afirmar, mas consigo discorrer sobre quem ele é perante meus olhos: acanhado em alguns momentos, mesmo com tanto a dizer… A timidez, grande obstáculo nos seus relacionamentos, também transparece em seus textos, assim como a objetividade ao escrever sobre certos temas. Ele é bem direto na maneira de se comunicar e reflete com maestria sobre a sociedade e seus desdobramentos, demonstrando ter consciência dos problemas do mundo a sua volta. 

Além disso, apesar das múltiplas experiências ruins e das marcas que carrega feridas amorosas e dores de perdas Pedro Bial da depressão ainda possui um olhar esperançoso sobre a vida.     

A vida, ávida, vivida… Você falou sobre o tempo e como a vida é passageira. Você sofre de ansiedade. Me arrisco a dizer que a sua ansiedade, em certos momentos, atrapalha um pouco as suas vivências. Por isso, o medo de escolher o amor errado, o medo de não dar certo na vida e o medo de se assumir permanecem. No fundo, também persiste aquela sensação de que sempre falta algo, mas você não sabe o porquê. No entanto, você continua lutando por dias melhores…

Por Elizabeth Bennet

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