quinta-feira, 25 de maio de 2017

O teste das coordenadas políticas

    Você acorda de manhã, pega o celular, abre o Facebook e se depara com um link: “Descubra qual sua posição política”! Ok, na situação política conturbada do Brasil, talvez seja importante saber me definir politicamente. E nada melhor que um teste online com uma dezena de perguntas pra me explicar melhor as coisas. Você vai, abre o link e se depara com algumas questões simples de serem respondidas.
“Você é a favor do casamento gay?”
“É a favor da legalização da maconha?”
“Acha a reforma agrária necessária?”
“Você acha que a escravidão deve ser criminalizada?”
“Acha que as mulheres não devem apanhar do marido quatro vezes ao dia?”
Respondeu que sim a todas as perguntas? Parabéns, você é comunista! E, aparentemente, os Estados Unidos também!
Agora, se você tirou direita política e lembrou das suas aulas de história do colégio que diziam que o nazismo era de extrema direita... Fique tranquilo! Têm muito textão no Facebook pra te provar que Hitler era só mais um comunista disfarçado! E as provas para essa alegação são tão concretas quanto as do julgamento do Lula: o nome do partido nazista da Alemanha (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães) e um ticket de pedágio de Hitler indo em direção à União Soviética.
Não podemos esquecer dos "isentões". “Fora todos”. “Esse país é só roubalheira, vê se na Europa tem isso!”. É aquele cara, aquele tio das reuniões de família, que fala de si mesmo em terceira pessoa. “Brasileiro quer levar vantagem em tudo, por isso que o país tá desse jeito!”, diz ele enquanto estaciona o carro na vaga reservada para deficientes. “Eu não estacionei, só vou dar uma paradinha rápida pra resolver uns problemas com documentação. Nem vou pegar fila, tenho um amigo que trabalha lá e me deu uma ajudinha.” E onde esse cara se enquadra nas coordenadas políticas? Ele não faz o teste das coordenadas políticas. Ele odeia política, a solução é acabar com o Congresso, e depois... Bom, melhor pular essa parte.
            Ainda têm aqueles que dizem aproveitar o melhor dos dois mundos. Os bissexuais da política. Nem de esquerda, nem de direita, muito pelo contrário. Apoia os direitos humanos, mas acha que, atualmente (adoram usar advérbios temporais!), a solução é privatizar o sistema de saúde. “O sistema público dá errado, já deu pra ver! Os empresários sabem gerir melhor e um plano de saúde privado nem é tão caro”...Já que ele pode pagar.
            É mesmo difícil se localizar em uma coordenada num quizz político pois, mais agitada que o nariz do Aécio, a política brasileira não é para amadores.  

Eduardo Galeano




(Ao fim da primeira frase do primeiro parágrafo.)



(Assim que os Estados Unidos são citados.)



(Última frase do texto.)

terça-feira, 23 de maio de 2017

Ah Rio de Janeiro, terra do samba, das mulheres lindas, da policia mais corrupta do Brasil e do Evandro Mesquita. Mesmo tendo diversas coisas que nos qualificam como um verdadeiro paraíso, um mal assola a vida de todos os moradores da cidade há décadas, fazendo com que tenhamos medo de sair nas ruas e vergonha de sermos cariocas; porém focaremos aqui na violência e corrupção policial, e não no Evandro Mesquita.
                Uma das principais justificativas para o elevado nível de corrupção na polícia carioca é o baixíssimo salário dos integrantes da mesma. Nesse cenário, um soldado recebe em média apenas R$ 2.625,00, e um capitão R$8.738,00, não tendo dinheiro então para certas atividades essenciais para a sobrevivência do ser humano, como pagar o aluguel, se alimentar, e comprar um Hyundai IX35 à vista. Por conta dessas e outras injustiças, os pobres agentes da lei são obrigados a criar pequenos artifícios para incrementar seus salários, sejam eles dirigir para a Uber ou gerenciar um esquema de prostituição.
                Um método muito usado por policiais para se conseguir aquele dinheirinho extra no final do ano, é a tão temida blitz irregular; cuidado para não confundir com a igualmente terrível banda do Evandro Mesquita. As blitz no Rio de Janeiro tem o intuito simples de reduzir a criminalidade e incidência de roubos de veículos, bem como fiscalizar o pagamento do IPVA e extorquir, em nome da lei, o cidadão que não o fez. As blitz da Lei Seca, por sua vez, têm mostrado um excelente resultado. Foram reduzidas em mais de 20% as mortes por direção embriagada na capital carioca desde que a lei entrou em vigor. Em contrapartida, tivemos um aumento exponencial no número de motoristas que tiveram que morrer em R$100,00 ao longo dos últimos anos.
                Quando dizem que a polícia militar da Estado do Rio de Janeiro é a que mais mata e mais morre, os números confirmam. Apenas esse ano já foram assassinados 63 PMs. Segundo um relatório mostrado pelo jornal El País, a vulnerabilidade dos nossos policiais se da principalmente pela posse de equipamentos ruins, no caso, os coletes à prova são pouco efetivos e as armas que não são vendidas para traficantes, são obsoletas. Outro fator que gera esse alto índice de mortes é a falta de preparo para situações de emboscada, como ataques surpresa ou blitz irregulares.
Já em relação aos mortos pela Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro, temos 182 apenas nos primeiros 2 meses desse ano. Dentre esses criminosos temos traficantes, assaltantes, estudantes e mototaxistas armados com macacos hidráulicos. Para termos uma noção do cenário carioca, a polícia fluminense matou nos últimos 10 anos duas vezes mais do que as polícias de todos os estados dos Estados Unidos da América juntas. Ha! Chupa essa Estados Unidos!
                Um outro fato interessante sobre a nossa querida corporação é que ela é composta 60% por negros de classes baixas. Em paralelo, 77% das mortes pelos nossos guardiões da moral são de negros de classes baixas, ou melhor, suspeitos padrão. Desse modo, fica aqui uma recomendação para os policiais cariocas: não tenham espelhos em casa.
                São por esses e outros motivos que devemos aplaudir de pé a melhor polícia do mundo, a militar do Rio de Janeiro.
                                                                                             Por Paulo Terra
 
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Barraco nacional

Em março de 2014 o Ministério Público despertou do seu belo sono de princesa para comprovar o que todo mundo sabia, mas quase ninguém tinha disposição de acusar : era tanta gente envolvida em esquema de corrupção que não caberia em rolezinho no shopping. A Petrobrás foi exposta e a face mais escandalosa que um episódio de Ru Paul (foto 1) ficou conhecida em seus detalhes. Aposto que sempre teve um funcionário do MP que olhava uns documentos, umas mini denúncias e pensava: “tá faltando umas moedinhas aqui” mas dava preguicinha de contar esses centavinhos algumas milhões de vezes, né.

Eu tenho o pressentimento de que em um futuro utópico, político vai precisar de cota para viver socialmente. A classe é tão mal vista, tão suja, que soda cáustica tem o mesmo efeito que água pura em gordura: quem lava louça sabe. Não limpa nem a pau.

Na posição que o Brasil está agora, fica claro que a comparação da Lava-Jato com o Titanic é ingenuidade. Nem James Cameron, nem Spielberg teriam imaginação para inventar tanta treta. Mesmo autor de novela mexicana só teria capacidade para escrever o prólogo desse barraco.
Espero que todos já tenham concluído a importância dessa discussão. Caso alguém ainda seja movido pelo potente 3G da Tim (foto 2) tem uma pessoinha muito especial preocupada em alertar a população: (foto 3).

Pois é. Estão roubando a gente, e Eduardo Cunha sabe do que tá falando.

A ascensão​ da Lava Jato é o divisor de águas da política brasileira. A partir dessa imensa sacanagem, personagens que hoje são fundamentais para os cadernos político, econômico e criminal, ganharam visibilidade. O Excelentíssimo juiz Sérgio Moro, nosso saudoso ex presida da câmara Eduardo Cunha, o eterno Sr. Candidato Aécio Neves, Papai Lula e muitas outras figuras que hoje nos são familiares.

Não pense você que essa festa toda só criou empresas laranjas e cargos de fachada, gerou também múltiplas vagas em redações jornalísticas. Já que a merda tava explanada era fundamental manter o população atualizada da fofoca federal.

O povo tem sim memória curta, então é preciso lembrar que o golpe...ops, o impeachment da presidente Dilma foi uma grande…”jogada” para barrar o andamento da investigação. O caminho da propina terminava em tanta gente que eu cheguei a conclusão de que sou a única pessoa que não está envolvida. E já que a ordem é essa, a Odebrecht, a JBS,  estão sendo injustas comigo, e muito provavelmente com você também.

Se a equivalência desse dinheiro chegasse na população, o nome seria distribuição de renda. Se a conta desses milhões fossem direcionados ao povo, seria chamado de reversão de impostos em serviço público.

Depois do Palpatine (foto4) assumir o comando da república através de um “grande acordo nacional” -melhor delação que você respeita-, (foto 5)  parecia realmente que estávamos chegando ao cume da montanha do carnaval político, mas o objetivo mesmo era só chegar lá em cima para rolar penhasco abaixo. E foi isso.

Temer (foto 6), Marcela bela, recatada e do lar (foto 7), preso, preso, preso (foto 8), reformas, delação, Joelma (foto 9), Wesley (foto 10)...Joesley (foto 11).

Independentemente de esquerda, direita e da explanação total da sacanagem, a discussão aqui sempre se manterá imparcial. Tudo isso aqui não é opinião, é ciência e é exata: prendam Aécio, chutem Moro, fora Temer.

Por Tyler Durden

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Os escravos modernos que não foram libertados pela Lei Áurea.

Se você dormia nas aulas de História e não prestava atenção quando o professor falava que no dia 13 de maio de 1888 a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea que supostamente acabou com mais de 300 anos de escravidão no país - que na verdade não foi assinada de livre espontânea vontade, mas sim porque a pressão externa era enorme-, bem, te digo que há 129 dias 13 de maio “comemora-se” o fim de uma realidade que se perpetua, o trabalho escravo. Apesar de todas as conquistas trabalhistas nesses cem anos o Brasil ainda convive com formas modernas de escravidão ou mais conhecidas como “condições análogas à escravidão”. 
Imagine você, pobre e necessitado, com família pra sustentar, aceita trabalhar numa fazenda no Pará sob promessa de um salário mínimo (na época R$151), com alojamento, equipamentos de trabalho, tudo direitinho.  Mas chegando lá você mal tem onde dormir, muito menos o que comer, tem que andar cerca de 20 quilômetros a pé pra poder chegar no trabalho, além de ser vigiado 24 horas sob a mira de uma arma e ganhando R$0,75 por dia. Essa foi a história de um ex- trabalhador escravo resgatado em 2000.Nesses 17 anos, a situação não mudou muito não, estima-se que 161 mil ainda sejam escravizadas no Brasil, segundo a ONG Walk Free.
Se você ainda acha que a escravidão é uma realidade distante, fique sabendo que no Rio, a polícia prendeu falsos empresários que aliciavam jovens pra trabalharem como modelos, sofrendo abusos sexuais e longas jornadas de trabalho. Em São Paulo, bolivianos recebiam menos de 500 reais para costurar peças de luxo em oficinas têxteis. No Tocantins, trabalhadores não tinham agua potável  nem banheiros, muito menos salário. A Odebrecht, aquela que está envolvida nos últimos escândalos políticos, foi acusada de submeter cerca de 400 trabalhadores a condições degradantes na Angola, tendo que pagar uma multa de 30 milhões. A maior da história.
O ministério de trabalho criou a “Lista Suja”, que relaciona empresas e empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à de escravo. A última divulgada nesse ano vinha acompanhada de 68 nomes, diferente da de 2014, que tinham 609. A abrangência da fiscalização também diminuiu. Não basta saber que reduzir alguém a condição análoga a escravidão é crime, é necessário fiscalizar. Pra ficar melhor, especialistas afirmam que a lei que permite a terceirização para todas as atividades de uma empresa, pode dificultar o combate a escravidão moderna. Não tá nada fácil.
Assim, Brasil está longe de erradicar o trabalho escravo, porque, apesar das leis, ninguém é verdadeiramente punido. No ranking da ONG Walk Free, o país está na 51ª posição de 167 países. A interpretação do que é trabalho escravo vai muito além da restrição da liberdade do trabalhador, é a condição trabalho degradante e a jornada exaustiva também.
 Há 129 anos de Lei Áurea, o  Estado deixou de reconhecer o direito de propriedade de uma pessoa sobre outra, mas a perpetuação e “reinvenção” trabalho escravo reflete o quanto  ainda temos que caminhar e fiscalizar.

Mahara

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Porte de Maconha é crime pra quem?

Vocês lembram quando eu disse que plantava maconha em casa e a PF não tinha me prendido ainda? A dois anos atrás eu tinha dois pés de maconha, lembram? Bem, hoje eu tenho 5 e até hoje eles não me prenderam pelo que parece, tanto que eu apresento esse programa e falo aqui de novo “PF HOJE SÃO 5 HEIN”.
Bem, mas eu comecei o programa me referindo a isso porque é justamente esse o assunto do programa de hoje: MACONHA NO BRASIL. O Brasil é um país incrível por diversos motivos, acho que todos nós sabemos disso, praias lindas e maravilhosas claro, presidentes diferentes em menos de 1 ano também (espera, que presidente?), dinheiro público sendo gasto com auxílio terno e auxílio pra babá dos filhos dos juízes que, podemos dizer, possuem os melhores salários e “penduricalhos” do país,  pessoas que dizem “eu nem sabia que ele estava sendo investigado” também, e por aí vai. E a maconha, faz parte desse conjunto de coisas incríveis que existem nesse país. Quer dizer, não a maconha em si, apesar de que ela é incrível sim, que coisa boa! Mas então,  como eu ia dizendo, o que faz parte desse conjunto incrível é o fato da insistência do Governo na criminalização da maconha. Segundo dados da ONU 8,8% da população brasileira consome maconha, regularmente. No ranking mundial, o Brasil consome mais maconha que o Uruguai. Bem aí já podemos eliminar aquele discurso burro de “se legalizar essa porra, vai ter um maconheiro a cada esquina” No caso já tem, vocês que não vêem.  Aliás, vocês só vêem um tipo de maconheiro: o pobre favelado. O cara pode estar com 5 gramas de maconha, mas vai entrar como traficante, agora tem gente que tem 5 pés em casa e nem visita da polícia recebe.... incrível isso não é? Eu falei que era incrível. Se chama usuário, eles chamam assim. E mais incrível ainda é que pesquisas que se propuseram a traçar o perfil do “maconheiro brasileiro” concluíram que os maiores consumidores são homens de 18 a 30 anos que possuem alta renda e, pelo menos, 1 ano de ensino superior. Além de proibirem e fingirem que não acontece, o governo não tem nem especificações em relação ao abuso ou não de quantidade, fica a cargo do delegado. Aí eu te pergunto, que porra é ficar a cargo do delegado não é? Acho que já deu pra perceber que isso não ta dando certo Brasil, uma vez que, 75% dos incriminados como traficantes sejam pretos e pardos e não os mesmos brancos e classe média alta que mais consomem.
Tudo bem, eu estou falando coisas aqui que são incríveis se pararmos pra pensar, mas essa falta de reflexão e preconceito da população com certos tipos de drogas vem de um problema que aliás é o problema que desencadeia a maior parte de todos os outros problemas. Ela mesma, aquela coisa sucateada que agora com o Governo Temer perdeu  4,3 bilhões em investimento: A  educação. É explicável o fato das pessoas acharem que “ a maconha é a porta de entrada para drogas mais pesadas” quando estudos, na verdade, já apontaram que a maioria dos usuários de maconha não consumiram e nem irão consumir outros tipos de entorpecentes e drogas ilícitas na vida. E não apontarem, por exemplo, o álcool e toda aquela sua enxurrada de comercial de TV como culpados pela inserção dos jovens no mundo das drogas, e que adivinhem só! Essa enxurrada faz parte da negociação de financiamento de campanha política. É isso mesmo, a Ambev financiou as campanhas políticas da Dilma, do Aécio de 2014, em troca projetos que visam diminuir o tempo de propaganda de cerveja na televisão nunca conseguem ir adiante na Justiça. Por que será não é mesmo?

Mas todo esse debate entorno da maconha veio a tona por causa do uso terapêutico e as brigas na justiça por conta disso. Voltamos ao ponto de que a maconha é incrível...não, to brincando. Mas existem componentes nela que ajudam no controle da epilepsia e até da esquizofrenia. Aí casos como o da menina Anny que sofria de 80 convulsões por semana e precisava de THC para frear essas convulsões vieram a público, com a mãe da menina precisando brigar na Justiça Federal para que a filha pudesse melhorar. Eu olhei aquilo e só consegui pensar na minha mãe brigando na Justiça pra eu usar Rivotril.
Enfim quando que a gente vai enxergar que é importante a gente discutir sobre maconha gente? Seu cultivo, seu uso, qual é a melhor seda... não, isso aí eu já discuto mesmo. Mas falando sério agora, não dá mais pra ficar acreditando que o Bolsonaro tem sanidade mental. O cara fala que maconheiro é perdido e vagabundo na vida, bom eu to aqui não é mesmo?

Boa Noite, esse foi o Greg News de hoje.

                                                                                                 Diana Knowles.

                            
FOTOS:
No trecho “pessoas que dizem “eu nem sabia que ele estava sendo investigado” também”

No trecho “ “maconheiro brasileiro” concluíram que os maiores consumidores são homens de 18 a 30 anos que possuem alta renda e, pelo menos, 1 ano de ensino superior”

No trecho  “como culpados pela inserção dos jovens no mundo das drogas”


No trecho “Eu olhei aquilo e só consegui pensar na minha mãe brigando na Justiça pra eu usar Rivotril.”
No trecho “não dá mais pra ficar acreditando que o Bolsonaro tem sanidade mental. O cara fala que maconheiro é perdido e vagabundo na vida, bom eu to aqui não é mesmo?”

Crime ocorre, nada acontece. Churrasco.

Michael Temer, meses após Dilma Rousseff ser Impeachmada, o que alguns acreditam, graças ao atual presidente, foi pego em uma DELAciosa situação com um dos donos de grande companhia brasileira, a JBS. Joesley Batista, que, meses antes, teve sua empresa envolvida no escândalo que foi chamado de "carne fraca", esteve, nesta semana, jogando tudo pro ar: Temer consentiu propina ilícita a Cunha, antigo presidente da Câmara, hoje preso. Tudo foi provado, é claro, por áudios clandestinos 

Como se a situação já não fosse House of Cardiana o suficiente, Joesley também compilou informações contra o antigo candidato à presidência, e até ontem, governador de Minas Gerais, Aécio Neves. 
 Logo, alguns veículos disseram: delação é inconclusiva. Isto em meio aos vários novos seguidores do que o já comum brado retumbante "Fora Temer" recebeu
Temer, agora, é majoritariamente indefensável.  

O povo, por sua vez, rapidamente se manifestou nas ruas com convicções bastante misturadas, mas que se combinaram em uma só: diretas já.  
O que ainda não se sabe é que se é, ou não, constitucional. Ou se pode outro impeachment em tão pouco tempo.  
Ou em quem colocar no lugar do Temer.  

OAB aparece e bate o martelo: vai ter mais um pedido de impeachment encaminhado pra câmara, e se não gostar vai ter burburinho e Plantão da Globo de madrugada.  
O furo do jornalista global, Ricardo Noblat, sobre a falsa renúncia de Temer, que elevou considerável e historicamente o ibope do Plantão do NÃO RENUNCIAREI, deixou alguns gigantes mal acostumados.  

A história segue com delator seguro de si e de suas intenções e presidente Michael Temer tentando provar sua suposta inocência, enquanto a mídia se deleita em infinitas matérias sobre o assunto e o povo segue descrente da situação do país. 

Entender as idiossincrasias da política brasileira é tão difícil quanto entender Cidadão Kane à primeira vista. E mais difícil ainda é gostar de ambos. Mas dizem, são necessários.  

Eve

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