Não há situação que tire o sorriso de Peter Arnett, qualquer situação mesmo. Imagine você
estar no meio de uma das mais violentas guerras da história recente, e ter que encarar, frente
frente, um dos maiores vilões de nossa história, um homem capaz de gerar sofrimento à
milhares de pessoas, de matar e explorar qualquer um em prol de seus quereres e além disso,
passar por momentos de constrangimento ao ser revistado pelos soldados desse terrível
homem. Você, sinceramente, conseguiria sorrir? Apertar sua mão? Dificilmente eu suponho.
Agora imagine estar frente a frente com Osama Bin Laden, conseguiria posar pra fotos e
sorrir? Menos ainda. Pense então em encontrar num evento qualquer, um homem que durante
anos tentou atrapalhar o seu trabalho, tentando de todas as formas, legais e semilegais, que
você exerça sua profissão na plenitude de seus direitos. Conseguiria sorrir? Tirar fotos?
Tomar um café e jogar conversa fora?
Peter Arnett é um homem capaz de muitas coisas: enfrentar naufrágios e rios perigosos no
meio de uma guerra para poder enviar sua matéria, de brigar com pessoas de alto grau de
importância no governo de Sadam Husseim para não editarem sua entrevista, transmitir ao
vivo uma guerra num local proibido, pelos EUA, de estarem jornalistas e ainda por cima
desmentir para o mundo todo ver o governo estadunidense. Corajoso ao extremo, não media
esforços para ter suas matérias, para expor a verdade.
Olhando se a vida de "aventuras" de Peter Arnett se percebe um exemplo de coragem e de
jornalismo. E entre seus tantos feitos e atos de coragem está ele, vejam só, sempre sorrindo.
Em qualquer momento, sob qualquer circunstância e frente a qualquer personagem, seja ele
bom ou mal. Não, ele não tem qualquer tipo de afeição a ditadores e terroristas. Só sabe que
momentos são momentos e que sorrisos abrem portas (e as bocas de muitos entrevistados).
Não há problema que retire o sorriso de Peter Arnett.
Ass.: Sr.Omar
Boa oralidade, otimo jeito de descrição. A ponto de vista em torno do sorriso dele traz riqueza por fugir do que se esperava. Podia ter escrito mais .
ResponderExcluirSua escrita é simples, logo fácil de ser compreendida e o texto cumpre bem o papel de levar o leitor a conhecer a personagem, apenas precisa prestar mais atenção a algumas regras gramaticais (ex: gerar sofrimento à milhares; dificilmente eu suponho). Como crítica pessoal, as frases interrompidas e retomadas somente na linha seguinte me incomodaram um pouco, mas reconheço que essa é uma questão subjetiva. De modo geral, gostei bastante.
ResponderExcluirAlgumas fugas à norma padrão da língua, não gosto do título. Gosto do foco no sorriso dele.
ResponderExcluirA brincadeira que o autor faz com o sorriso de Peter Arnett é de fato boa e criativa. No entanto, a repetição do verbo ''sorrir'' nos primeiros parágrafos incomoda um pouco. Gosto também do fato do autor se referir ao leitor diretamente, é certamente um diferencial.
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