Sabe uma pessoa que precisa de muito para ser excepcional? Essa com certeza não é ele. Bastava pouco, mas mesmo assim, ele ainda dizia não ser muito. Com seus gestos, é claro. A mão balança com sutileza. De repente fora algum toque adquirido por um susto de uma bomba estourando a metros. Ou não.
Ideias perigosas, mas que levavam além do limite da linha imaginária do Jornalismo. Osama Bin Laden e Saddam Hussein. Alfinetada no governo americano. Cada ocasião demandava um estilo diferente. Roupas mais modestas. Calça, blusa, as vezes sapato. Quando a guerra acontecia logo ali atrás, e o próprio tinha que estar preparado: Capacete. No lugar dos sapatos, tênis. Precaução. E se tiver que correr? Ele estará pronto. Teria ele sido estilista em outra vida? Ou um ator que mudara muito de figurino? Era assustador. Ele sempre de acordo com a ocasião.
Buscava informações a todo custo. Se mantinha próximo a pessoas importantes em busca de fontes. Tinha grande espirito de equipe, mas eles costumavam o deixar sozinho. Um nômade solitário. A procura por justiça e informações precisas, geravam perigo. Mas ele era do povo. Tinha que levar a notícia verdadeira. Ele era o povo.
Dificilmente conseguiria ser bem-humorado, mas mesmo com a tensão tomando conta, ele era. O jogo de cintura era o maior dos dons. Cada ocasião demanda uma linguagem. Na caverna, no meio do fogo cruzado ou numa mesa de entrevista. Eu te conquisto dizendo o que você quer ouvir. Ele não.
Simples. Emotivo. Engajado. Corajoso. Persistente. Crítico. Genial. Peter Arnett.
Nelson G. Rodrigues Jr.
Bom jogo de palavras, boas antíteses...Final fraco.
ResponderExcluirEu achei descritivo demais. Faltou ousar mais com as palavras. A síntese em "ele era o povo" ficou muito boa
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