Nas Ilhas do Sul neozelandesas, a ave que nasceu kiwi se transformou em águia. Kiwi,
popularmente famosa por não voar, contrariou a genealogia da espécie e alçou voos
do tamanho dos seus sonhos. A metamorfose que sofreu a libertou para o mundo, e o
mundo também a conheceu. Mais do que isso, o mundo conheceu os lugares por onde
passou, os desafios que enfrentou e os dilemas que revelou. Com os olhos de águia,
viu de perto o Iraque, a Coréia e o Vietnã em momentos difíceis de acreditar, até
mesmo para uma ave acostumada a voar. Nem mesmo a guerra a detia, em sua missão
de informar.
Esteve frente a frente com figuras como Osama bin Laden e Saddan Husseim, porque
seu objetivo era sempre maior que seu medo. No conflito do Golfo Pérsico também
esteve presente, cobrindo com suas asas a dor de muita gente. Protegia suas fontes
como crias no ninho, a fim de chegar seguramente a um próprio caminho. Na sua
missão, não estava a serviço de um ou de outro lado, apenas seu dever era com a
população. Corria riscos e bicava os urubus, sempre em defesa da liberdade de cantar
o que via, e daí sua mais-valia.
Apteryx, vulgarmente chamado de Kiwi, é um exemplo para todos que sonham em
cortar raízes e desbravar o mundo. Mas, como nem todos tem o poder de
metamorfose, a história da Kiwi-Águia é única, para ser contada por mim e, melhor
ainda, se fosse por ela mesma.
Nick
Gosto da criatividade com o pássaro, mas podia ter desenvolvido mais e o final deixou bem a desejar.
ResponderExcluirMetáfora boa, sai do comum. Mas poderia ter sido melhor desenvolvido
ResponderExcluirUma ótima metáfora de fato. No entanto, as rimas estão um pouco desconexas umas com as outras e o final é confuso.
ResponderExcluirGosto do uso da imagem do pássaro, achei criativo, ela ajuda muito no item de "romper os limites do acontecimento".
ResponderExcluirNão acho que conseguiria identificar a águia como um correspondente de guerra se eu não estivesse no lugar de fala de um jornalista. Talvez fosse o caso de deixar esta informação um pouco mais explícita em algum momento. O final - que poderia ser melhor desenvolvido, como os colegas disseram acima - seria uma ótima ocasião para isso.
ResponderExcluirContudo, sabendo previamente quem é Peter Arnett, digo que poucas vezes vi uma metáfora tão criativa e que encaixasse tão bem. Gostei muito da escolha das palavras utilizadas. Acho que o texto deveria der mais longo, mas o que vi mostra muita habilidade.
Um abraço.