Numa mesa de restaurante, um grupo de senhores de idade conversavam animadamente sobre as aventuras da última viagem. Um deles contava como estava aproveitando mais a sua vida desde que se aposentou, e como sentia pena dos jovens que agora tem que trabalhar até o final de suas vidas, após a aprovação da reforma da previdência.
Achei no mínimo irônico ouvir aquilo num momento da minha vida, onde acabei de desistir do mestrado por não ser possível conciliar com as novas demandas da empresa. A minha tão sonhada especialização não era mais prioridade. Mas não posso reclamar, afinal, os trabalhos estão cada vez mais precários e não existe mais essa de estabilidade no emprego.
Minhas insônias se tornaram constantes e só o que eu penso é que aos 75 anos ainda estarei contribuindo caso queira uma aposentadoria digna. Espero que até lá os meus exames continuem ótimos e a minha saúde perfeita para que, assim como eles, eu também possa aproveitar a vida. Ou já será muito tarde para isso?
De volta a realidade, acabo meu café e percebo que já passa da hora de voltar pra labuta que não tenho mais certeza se terá fim.
Mahara
O texto é curto , mas não tão agradável de ler como outros. Não rompeu com os limites necessários. A oralidade não é a melhor. Apesar disso, tem perenidade.
ResponderExcluirCreio que o texto não se destaca sobre os demais.
ResponderExcluirAnotarei para as próximas crônicas
ResponderExcluir