Os cinco sentidos do (des)amor 2 - dez coisas que eu odeio em mim

 Bom, estamos aqui mais uma vez! Pra não perder o inconsciente hábito que fiz nos outros textos começarei com um trecho de uma música do Maroon 5 que diz: "mais uma porra de música de amor e eu passo mal". Nesse meu caso, mais um texto de amor. Ai, ai. No primeiro escrito, falei sobre o trauma daquele último momento, daquele diálogo sobre os seu avô, da cena que encerrou aquele nosso ciclo. Muito sobre o final em si. Esse de agora é diferente, já que fala sobre um dos motivos pra esse fim ter chegado. Dizer que a gente não fazia ideia de que isso pudesse acontecer é mentira. Desde o começo essas questões existiam e sempre verbalizamos isso um para o outro. E ainda bem que fizemos isso, pois, caso contrário, eu não teria base para escrever esse texto. Brincadeira,calma. Mas - voltando - se não fosse o diálogo, certamente o período que compartilhamos juntos teria sido incrivelmente tempestuoso e diferente do que foi.

 Desde antes de começarmos a namorar, já dividíamos nossas preocupações e nossos anseios. Medo, ansiedade, apreensão, receio. Não só sobre o namoro que estava por vir, mas em nossas vidas particulares mesmo. Por exemplo, você sempre quis tocar algum instrumento e estudar um pouco de música, cantar perfeitamente músicas da finada One Direction (perdão,sei que ainda dói). Eu sempre quis compor e trabalhar mais essa parte musical também. Qual a semelhança dos dois (fora a banda, claro)? A tentativa e a desistência. 

Antes mesmo de podermos nos dar o luxo de fracassar, desistimos. Seria isso um medo inconsciente de conseguir? Imagina que louco não poder depositar as frustrações nos fracassos simplesmente porque... deu certo. Espero algum dia chegar nesse estágio. Nem preciso dizer que isso também esteve presente - nos dois lados - no relacionamento. Tínhamos medo de dar certo? Tínhamos medo de dar certo até demais? Será que não merecíamos mesmo sermos felizes? Nos acostumamos com aquela realidade e passamos a fantasiar outras com situações completamente irreais apenas pra deixar o pensamento matutando lá durante as madrugadas? Aliás, as madrugadas, hein. Uau, que período do dia propício para pensamentos, no mínimo, controversos. Assim como em todo o resto de nossas vidas pessoais até então, tentamos e paramos antes mesmo do fracasso chegar. Espero que, um dia, mesmo que em caminhos separados, possamos ultrapassar essa barreira e contar para a pessoa ao nosso lado essas histórias de surtos e superação.

Ainda em tempo, batizei esse texto como a sequência de "Os cinco sentidos do (des)amor" apenas por conter os mesmos personagens do primeiro. Assim como em boa parte das sequências de comédias românticas da Netflix, o segundo vem ainda pior que o primeiro.

Assisto e gosto de todos mesmo assim. Acontece. Qualquer semelhança não é mera coincidência

Rosto Fosco