“Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E, se você olhar longamente para um abismo, o abismo também olha para dentro de você.”
- Nietzsche.
Não, esse não é um novo texto sobre sombras, na verdade, é uma nova introspecção. Por muito tempo eu me martirizei, seja por motivos que realmente eram importantes, ou por causas banais. Você que acompanha minhas crônicas deve saber como eu sempre explicitei minha intensidade em sentir demais tudo o que acontece comigo, e em minha volta. Terapia. Essa é a chave mestra para poder abrir a caixa de pandora benevolente que habita dentro de você e então se dar conta da preciosidade que você representa.
Após algumas consultas eu pude perceber algo poderoso: eu não sou nada além do que eu. Negar a mim é negar a minha existência. Não posso controlar minha intensidade em sentir demais, mas posso fazer assim como na natureza, que nada se cria e nada se perde, mas tudo se transforma.
Descobri que o poder das minhas ações pode mudar a forma que eu me sinto quanto a minhas angústias, lamentos e frustrações. Renegá-las para poder estender a mão para prestar suporte e apoio emocional a alguém que necessita tanto de ajuda quanto eu, é um sinal de altruísmo que irá me fazer bem por consequência. Quando fazemos o bem, o bem escolhe você de volta. A questão principal aqui pautada, é a empatia.
Entretanto, meu caro leitor, eu não quero que você me interprete equivocadamente, acreditando que eu só tenho empatia nos meus momentos de surto, desolação e crise existencial para eu me recuperar do tormento que é ser eu. Não. Gostaria que entendesse que o exercício de empatia me prova que nem tudo é sobre mim, que eu não sou o centro do universo e que existem outros problemas que precisam de mais atenção, de solução ou ao menos, a sensibilidade de se por em outro lugar: o do próximo.
- Apolo.gia.
Oi, Apolo.gia. Gostei muito do seu texto, principalmente a primeira parte dele, (Oi, Nietzsche, olha o Monstro falando!) mas tem uma coisa que eu não sei se concordo: "se fazemos o bem, o bem escolhe você de volta". Bom, nem sempre quando a gente faz o bem que vamos receber de volta... a gente pode dar coisas boas e receber em troca coisas ruins. Acredito que mais que fazer o bem para receber de volta, acho que a gente tem que fazer o bem porque é o certo, além de claro, fazer o bem e ser altruísta faz a gente ficar bem com nós mesmos. Enfim, não sei se ficou muito compreensível o meu ponto, mas saiba que eu gostei bastante da crônica. Se precisar, vou estender a minha mão para você! Abraços!
ResponderExcluirEu gostei muito do texto, me identifiquei porque meu processo terapêutico foi parecido, e o que mais me chamou a atenção no seu texto foi a frase ''eu não sou nada além do que eu'' porque foi algo que eu percebi também, mas nunca encontrei as palavras certas para descrever. Obrigada.
ResponderExcluirlindo seu texto, apolo.gia! o conforto no coração de saber que você fez bem a alguém é realmente muito bom e libertador, ainda que não venha nada em troca as vezes. que bom que você encontrou abrigo nisso! <3
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