Ô abre Aras que eu quero passar

 É o desfile do cidadão sabe tudo, o cidadão de bem, o cidadão autoproclamado apolíneo.

É um desfile, mas não é na sapucaí onde se despem as roupas e se mostram as almas.

É na Esplanada, onde se vestem as máscaras. É dos não bons sujeitos, ruins da cabeça e

doentes dos pés.

Marchando no abre alas: fantasiados de soldados, os soldados cabeças de papéis, de onde

surgiu tal idéia besta (perdão as bestas).

Posteriormente a ala dos bananinhas.

O primeiro carro alegórico...chamam de velharia, calhambeque, geringonça e carroça, lata

velha.

A ala dos molha calças, não convencem ninguém, alguém dá a chupeta para que esses

bebês não chorem.

Olha, ouve só, conseguem ouvir esse barulho? Esse som de motor quebrando? Calma, não

se engane, é só a bateria. Quem falar ao contrário é ista, ista, ista.

E ao fundo é possível ouvir o samba-enredo: "Ô abre Aras que eu quero passar". Nada

mais além disso, até porque é um desfile com um único objetivo.

Atenção, muita atenção, sentido, volver e não sei mais o que lá do exército, é pra rir, é pra

chorar.

Eles não marcharam direito, e o carro alegórico pegou fogo, parado no tempo, parado na

avenida, não intimida. A cortina de fumaça sobe. Alguém acode, acode, acode a política.

Desculpa. Milícia nacional.

Agora vamos apuração:

Pela coragem: Nota. Dez.

Pela noção: Nota. Zero.

Larajenha