sonhou com o desespero, dez espadas encravadas em seu peito, o grito falhou e ajuda nunca chegou, descobriu uma nova jornada, mas recusou o chamado porque era o único personagem que conhecia, seu inimigo, pai e aluno viviam em seu coração, mas escolheu registrar, em sua falsa bíblia, o que escolheu que carregaria, deu o seu melhor, foi citado, chamou atenção, mas não sentiu nenhuma exaltação, se perguntava o motivo de ter chegado onde nunca imaginou, mas pensava que o motivo era a criação, ansioso, medo de como seria o próximo futuro, acelerado, como seria o novo lugar, seria uma nova pessoa, uma construção nova, mas não seria falsa? se arrependeria de quem se afastou, quem deixou de lado, de quem sabe que juntos poderiam ser algo, mas ele foi abandonado, buscou no silêncio a resposta, meditou sobre o passado, tentando encontrar uma base para o futuro, encontrou incerteza, medo, nenhum pingo de clareza, desejava tentar ser alguém diferente, mesmo gostando de quem é, sua missão era derrotar a instabilidade, se descobriu depois que o mundo parou, o interior se movimentou, começou a acreditar que já sabia o motivo. Já foi citado. chegou onde nunca imaginou. Isso já foi dito. ele se perguntou, mas recusou o chamado. De novo? ansioso em como seria o futuro, mas já morava naquilo que acreditou que não aconteceria, por isso não encontrava o presente, o que deveria fazer, sentia precisar fazer, como fazer, não era para fazer, não tinha nada para fazer, mas tudo era um grande ciclo,
A realidade avançava. O personagem não. Se sentia parado no tempo. Quase encontrou a morte. Aprendeu pela dor. Decidiu usar os pontos finais. Tentou abrir em seu interior um parêntese (mas é claro que foi uma catástrofe sentimental). Se encontra em uma quase conclusão. Uma grande foice passa em sua vida. A plenitude o assusta. Não está ligando muito para os erros gramaticais. Tem poucos anos. Que tanta é essa experiência que poderia ter. Esmurra a porta. Ainda não sabe o que fazer. Sabe que tem que fazer. O quê? Procura um sonho palpável. Não apenas ser. Aprendeu a se jogar. Já começou a pensar. Tem uma ideia de qual caminho traçar. Sem querer. Chama atenção. Sendo caótico. Fica grato. Sabe que faz o que está ao alcance. Está funcionando. Fica feliz por se superar. Tem a resposta. Ainda existe dor. Tristeza. Mas quer viver. Quer sair. Quer chegar longe. Ele sabe que pode. Quer parar de confiar no invisível. Porque sua fé o matou. Sua esperança se esgotou.
Minhas histórias não se concluem, idealizo que no futuro isso possa mudar. Tentei escrever algo melodramático, mas não consegui chegar naquele poço que, um dia, chegaria tão rápido. Essas músicas podem acrescentar algo na leitura, mas duvido que metade da turma leia isso, senão escute, não vale nota, é sempre sobre nota. Enfim, nada disso importa, foi tudo sobre esse caos, ou não, a interpretação é algo livre e de ninguém, mas sei que tenho comigo uma coisa, boa para alguns, catastrófica para outros. Algo que aprendi que posso controlar, é interno. Prometo que mesmo dentro de sistemas, números ou tarefas, isso nunca vai mudar.
Melodramático
Ei! Eu li e escutei todas. Também acolho seu desabafo. É tudo sobre nota mesmo. Assim como é tudo sobre dinheiro. Tudo sobre si. Às vezes cansa demais e a gente só quer descansar num lugar em que nada importa. De qualquer forma, adorei o texto, Melo. Parabéns <3
ResponderExcluirOi, eu também li e escutei todas (apesar de não ter conhecido nenhuma antes). E achei bem... caótico. Não sei se era isso que queria passar, mas na minha interpretação, fez bem. Dentro da gente é sempre caótico, é sempre bagunçado, não tem vírgulas, não tem pontos, não tem gramática e apesar de ser no cérebro, não é completamente racional, é mais uma bagunça danada e uma enrolação sentimento imagens pensamento loucura controle catástrofe histórias desejos e não para e não para e não para e mudança e e e a gente no final afirma: eu tô bem. Ótima crônica, parabéns!
ResponderExcluirMelodramático, sempre desconfiei que seu pseudônimo vinha do "Melodrama" da Lorde, então quando abri essa sua crônica e vi a música dela foi uma grata surpresa: eu estava certa!
ResponderExcluirLendo esse texto, me senti dentro da sua mente, vendo os pensamentos passarem: rápidos, confusos, desconexos ou não.
"deu o seu melhor, foi citado, chamou atenção, mas não sentiu nenhuma exaltação" acho que sei do que você está falando aqui.
Enfim, achei interessante a seleção das músicas e percebi que a temática de stoned at the nail se relaciona muito com a música do luiz lins.
AAAAAA Sim, Melodramático vem do Melodrama, eu amo esse álbum e tô surpreso que você conheça ele!!
Excluirmelo, adorei muito seu texto! apesar de me sentir confusa algumas vezes, definitivamente não falo isso no sentido negativo. gostei muito de entrar um pouquinho no emaranhado dos seus pensamentos. também conheço e amo muito todas as músicas que você colocou, sou apaixonadaaaaa pelo melodrama, mas confesso que o pure heroine me toca mais, é meu álbum mais escutado da vida! gosto do que você escreve... se aceita, vai aqui uma contribuição pra playlist: eu - mariana froes. escuta com carinho, tenho ciúmes :p
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado :). Nunca fui muito chegado ao Pure, conheci a Lorde em 2019 pelo Melodrama, então sinto que o primeiro dela é um pouco inferior, mas admito que gosto dele também. Gostei muito de "Eu", achei muito boa mesmo, com certeza vou salva-la em um lugar especial :)))
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