A sua crônica, Joe, não descreveu minha personalidade, meu jeito, meus gostos; mas, sim, os sentimentos que teve ao ler meus textos e isso. O seu primeiro parágrafo me instigou de uma maneira muito intensa; fiquei horas pensando o quanto era sobre seu aprendizado com minhas crônicas e o quanto era um conselho para mim. E que conselho. Me emocionei e senti muita verdade nessas primeiras palavras.
Descobri que estava passando despercebida entre os outros pseudônimos e, por mais que ninguém queira passar por isso, me senti motivada a ser melhor, a escrever mais. Adorei o jeito que incluiu cada tema das minhas crônicas no texto, pois sei que tirou uma parte do seu dia para lê-los e entender o significado de cada um deles.
Quanto a sua curiosidade em descobrir quem sou, também compartilho desse sentimento. Fico imaginando se olharei diferente para alguém sabendo desses acontecimentos e histórias tão íntimas ao descobrir os verdadeiros rostos por trás dos pseudônimos.
Em geral, gostaria de ter ouvido mais suas suposições sobre mim, estava bem esperançosa quanto a isso. Mas tudo bem, entendo que seja difícil; quando escrevi sobre O Tempo cavei em cada uma de suas palavras um traço de personalidade e não foi uma tarefa fácil. Não sei se você tem alguma teoria de quem eu possa ser, se tiver, me conte um dia.
E, por último, que bom que gostou do meu pseudônimo. Fiquei bastante insegura quando o escolhi, pois não sabia se só teriam trouxas na sala. Mas vejo que não, pois, como disse o maior bruxo de todos os tempos: “as palavras, na minha não tão humilde opinião, são nossa inesgotável fonte de magia.”
Estagiária do Profeta Diário
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