Todo dia me faço a pergunta acima: por que tentar fazer algo se tenho, pelo menos, 50% de
chance de falhar? Por que me dedicar, gastar meu tempo com algo que talvez não dê certo?
Eu tenho quase absoluta certeza de que não sou capaz de ter êxito na maioria das coisas que
faço. Mas, tal fato, não conto a ninguém. Invento desculpas, procrastino o máximo que posso
e, no final, entrego um resultado meia boca devido a falta de tempo para realiza-lo. Isso serve
tanto para trabalhos acadêmicos quanto para projetos pessoais.
Ao pensar sobre o tema da semana, achei que era hora de escancarar essa verdade na minha
cara e tentar me sentir melhor comigo mesma para que, assim, quem sabe, eu consiga quebrar
esse ciclo agonizante. O meu medo de falhar é maior que a vontade de alcançar sucesso. Será
isso preguiça ou insegurança? Muitos já me disseram ser a primeira opção...
Sofro com antecedência sobre algo que cabe apenas a mim começar; passo noites acordadas
pensando e planejando como e quando fazer, mas, quando chega o outro dia, não tenho
forças para cumprir com meus próprios planos. Tudo a minha volta parece fazer mais sentido
do que aquela tarefa, tudo parece mais interessante, tudo parece ser mais seguro do que a
possibilidade do fracasso.
Eu tenho coisas a fazer, problemas a resolver e sonhos a realizar. Por mais que tudo isso seja
para o meu próprio benefício, a balança sempre pende mais para o lado da acomodação, do
confortável, da inércia.
Não suporto o pensamento do fracasso, mas espero que esse texto sirva como um alerta para
reconhecer minhas próprias falhas e começar a assumir os riscos que fazem a vida valer a
pena. De fato, me sinto mais leve, mas os resultados só virão com o tempo e, enquanto isso,
que Deus me proteja de mim.
Estagiária do Profeta Diário
As vezes, a pessoa que mais dificulta e coloca obstáculos no caminho somos nos mesmos. Uma autodepreciação por medo de fracassar. Mas não há a certeza de que, se você tentasse com antecedência e maior confiança, não daria certo. Talvez não dê, o que é comum, nem sempre acertamos. Mas o que importa é o caminho, e, nesse momento, aquela frase "é errando que se aprende" faz muito sentido. Parabéns pelo texto! acredito que assumir isso através do texto, a própria metalinguagem, é a sua sublimação.
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