A magia não existe

Dois anos de namoro. Tudo caminhava para a melhor direção. O CASAMENTO.

Ele, o típico apaixonado. Não media esforços para alegra-la com o mais precioso.

Ela, a menina clichê. Carente, revoltada e insatisfeita com tudo e todos. Menos com o seu príncipe encantado.

Os momentos em que estavam juntos eram inesquecíveis. Beijos, abraços, carícias, o amor flutuando no ar... A festa andava a todo vapor. Os padrinhos foram escolhidos criteriosamente, assim como as daminhas, as flores e o local. O vestido? De cair o queixo. Elegante e caro era a sua descrição.

30 dias. Ansiedade definia seus corações. Noites mal dormidas não desanimaram o feliz casal. O cansaço já havia se tornado parte de seus corpos, mas o relógio seu pior inimigo. O dia 28 parecia muito distante, insuportável esperar por tanto tempo.

Uma semana. Infarto fulminante poderia os atingir a qualquer hora. Com os ânimos a flor da pele, este poderia seria  o drástico fim. Todavia eles foram guerreiros e superaram o obstáculo que é a espera.

Enfim, chegaram ao GRANDE DIA. O que era para ser o momento ideal, se tornou o mais detestável. O noivo já estava posicionado e os convidados atentos ao portão de entrada. Mas ela não apareceu. A magia havia se esgotado.

Para se explicar, deixou uma mensagem no WhatsApp que dizia:

“ Tenho coisas importantes a fazer, não posso ficar o resto da vida presa a alguém. Liberdade é o meu lema agora. Me cansei de você! Sempre tão carinhoso e prestativo, ah isso me enjoa. Abrir a porta do carro, presentes e cartas de amor. O seu romantismo é ultrapassado. Estamos no século XXI, acorda.  Relacionamento aberto é a moda.

Espero que compreenda a minha decisão. O perfeito nem sempre é perfeito.”

Srta. Bridgerton