Posso dividir em duas partes minha relação com o céu: o antes e o depois.
Antes eu enxergava o céu noturno como uma criança e acreditava que as estrelas eram almas que haviam partido. E eu, por muito tempo, desejei ser uma daquelas estrelas. Pra mim, tudo era cinza. Nem o mais bonito fim de tarde chamava minha atenção. Eu era um dia nublado, carregada de sentimentos sufocantes e pronta para provocar uma chuva de lágrimas.
E a chuva caiu. Caiu lavando a alma cansada que habitava em mim. Meu revival em meio aos tons celestes de uma vista encantadora. E foi quando meu corpo e mente finalmente se aquietaram que o céu e todos os seus nuances me conquistaram.
Depois o céu se tornou morada da minha paz. A aquarela que o coloria de diversos tons ao longo do dia
fazia o mesmo comigo. Dedos azuis, cabelos rosas, bochechas alaranjadas. Eu e o céu como um só. Podia, finalmente, admirar os últimos resquícios do sol abraçando as nuvens em despedida, ver o manto estrelado tomar conta da paisagem. Podia, finalmente, admirar as estrelas, e não querer ser uma delas.
Posso dividir em duas partes minha relação com o céu: quando não estava e estava verdadeiramente viva.
Nix
Gostei do jeito que começou e concluiu seu texto. Curti também que você usou frases que fecham e retomam o efeito que quis dar na relação entre você e o céu. A única coisa que mudaria seria algumas metáforas que já foram muito usadas nesse contexto de subjetivar esses fenômenos naturais , eu desafiado você a ousar mais nas metáforas.
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado desses detalhes, e agradeço pela crítica as metáforas, pensarei e ousarei mais nas próximas!!
ExcluirOi, Nix!
ResponderExcluirGostei bastante do link entre o começo e o fim do texto! Aliás, mexeu bastante comigo até.
Sim, as metáforas com fenômenos naturais são bem comuns e ousar mais seria legal, mas eu confesso que AMO MUITO esse tipo de metáfora, então não tô reclamando não kkkkk
Um beijo! <3