quinta-feira, 23 de maio de 2019

Um olhar...

     Um olhar profundo e perdido vagando à procura de algo. Ao olhar para o céu, em busca de uma luz, avistou uma estrela e sob o reflexo da lua, enxergou sua alma e a imensidão do brilho de seu olhar. Olhar esse, que nunca vira mais puro e iluminado. Esse olhar, ainda é o mesmo que reflete sua perdição e alucinação, mas também espelha seu coração, que mesmo angustiado e em desespero, persiste em procurar uma imagem, avistar uma miragem perfeita, um resultado. Um fim que seja perfeito, ou melhor, aceitável aos outros olhares e corações, que hoje, não são mais tão puros e simples.
    No fim, tudo vai dar certo, talvez não hoje, mas precisa ser hoje? Que preocupação é essa com o tempo? Eu por exemplo, não tenho tempo algum, aqui e agora eu sou infinito na vida que se faz presente, sou eterno na fluidez do meu próprio pensar. 
    Então...não julgue-se, não pense em tudo, não planeje coisas ainda fora do alcance, não procure respostas em tudo, apenas viva e sinta. Porque no final, que na verdade será seu começo, você vai perceber que todo o lindo reflexo da paisagem não era nada além de si mesmo. As imagens que buscava por fora, estavam ali...do lado de dentro. A sua simples essência de ser, já é e sempre foi, o reflexo da sua miragem perfeita naquele céu de perdições. 

Shakespeare Iludido

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