No dia 17 de Setembro de 2018 ás 19h30, algumas pessoas, incluindo um menino de quatro anos descobriram a resposta para essa pergunta. Ele, particularmente, de uma forma nada agradável. Mas antes, uma analogia rápida sobre algumas cores:
Branco é a cor da paz, da inocência e da pureza. Cinza é cor do tédio e preto é a cor do mal e do temor.
Logo, o branco é claro e representa tudo o que é bom, eu sou uma boa pessoa. A resposta é evidente pra mim e espero que seja para vocês. Tão nítido quanto rosa é de menina e azul de menino, ou não...
Me perguntaram outra vez: Quem é você no escuro?
Eu respondi que sou luz, sou o claro que ilumina o ambiente e traz paz. Sou o bem.
Ou não...
Outra pergunta foi feita: Qual é o oposto de mãe?
O oposto de mãe é pai. Mas onde estava seu pai após seu guarda-chuva ser confundido com um fuzil?
- Na favela, digo, no céu. Ele é uma estrela agora. – O garoto se manifestou.
Te faço então, novamente, a mesma pergunta. Quem é você no escuro?
- Eu sou o próprio escuro. O povo negro. Eu sou a favela, eu sou o povo que sofre tentativa de extermínio pela cor da sua pele, eu sou a tentativa de morte, de fuga. Mas eu também sou de Wakanda, minha pele no sol reflete ouro. Eu sou tudo que me tomaram e sou bem mais que as lágrimas que derramei. Eu sou história, eu sou Preto! Eu sou resistência. Mas Rodrigo nunca vai saber disso.
E você, quem tu és no escuro quando ninguém está te observando?
Eleonor Dummont
Textão! Gostei bastante de você ter feito essa "relação" do texto com o título, começando ao tentar responder a pergunta.
ResponderExcluirÓtima crônica, bem impactante tanto social quanto individualmente.
Um beijo <3
Oi, Eleonor. Só uma observação, você colocou o acento agudo em "ás 19h30", o certo seria o acento grave.
ResponderExcluirAbraços!