Consigo imaginar o Incenso ali, puto com a vitória que não veio no final, com a pixotada que vai no ângulo, e sendo reconfortado pelo sofrimento amigo, acompanhante de qualquer carioca que ouse ir pra um jogo de futebol trajando preto e branco.
O mais legal é que simpatizo muito com a figura do Incenso, não com as cores, é verdade, mas o sentimento. A relutância em agarrar uma oportunidade, ou a disposição a fechar-se em si mesmo, com a plena consciência de quem almeja o contrário. É da compreensão de si mesmo que nasce a compreensão do outro, o velho “se pôr no lugar”, e é por isso também que o Incenso valoriza tanto aqueles que caminharam do seu lado.
Diria que essa compreensão está na raiz da facilidade com que descreve, tanto aquilo que ama como aquilo que deplora. É preciso entender o que se sente para falar do que se sente, entender a geração em que nasceu, o mundo em que cresceu. A consciência de si mesmo é importante na era do automático, ajuda nos momentos ruins e mantém a cabeça no lugar em momentos bons.
O futebol nessa hora é bom professor, ensina que a felicidade e a tristeza são passageiros, e que isso é muito bom. O zagueiro merda estava ali justamente para fazê-lo mais forte, e a vaia é um momento de catarse assim como o gol.
Imagino que todos nós temos um pouco do Incenso, e só porque ele soube nos passar essas facetas, ambientar-nos a seu mundo, torná-lo quase material, eu consegui ver o tal portão automático.
Calma Incenso, a vida é uma final de jogo único, truncada, nervosa, mas bem jogada.
E tá só no primeiro tempo.
Gostei bastante da referência ao futebol, mas senti falta de maiores análises sobre o personagem. Acho que focou em algumas, poucas, coisas da personalidade, deixando de lado o que você imagina que seja o pseudônimo por completo. De qualquer forma, muito bem escrita, adorei as referências e parabéns!!
ResponderExcluirGostei do texto, achei interessante a abordagem citando o futebol e o uso das referências, mas também acho que faltou mais detalhes sobre o personagem, suas manias ou até mesmo sua aparência física. No mais, é uma boa crônica!
ResponderExcluirGostei muito do texto, a escrita ficou ótima e foi uma leitura interessante. Mas concordo com o Michael, você acabou se perdendo no futebol e nos sentimentos em torno disso e acabou se esquecendo um pouco da personagem em si. Talvez tenha fugido um pouco da proposta, mas ficou legal, parabéns!!
ResponderExcluirAchei legal a metáfora do futebol mas acabou apagando o personagem principal. Talvez se vc tivesse se estendido mais nos outros parágrafos essa impressão não ficaria tão evidente.
ResponderExcluirA metáfora com o futebol ficou muito bem feita, mas acho que ela fala mais da vida e do contexto do personagem do que propriamente do personagem. Ela podia mais ser algo que você tocasse nela no meio do texto, não sua base.
ResponderExcluirGostei bastante. Você tocou num ponto muito interessante, de se identificar e simpatizar com o pseudônimo e acho isso muito legal, da gente se reconhecer nos nossos colegas de sala, e as vezes conexões que não existiriam sem esses nomes falsos. Me fez pensar, parabéns pelo texto.
ResponderExcluirSobre o apontamento do futebol, quando eu li de primeira, achei que você conseguiu balancear a personalidade dele com as referências do esporte, mas as críticas dos comentários acima são válidas.
Eu gosto muito desse seu estilo, e gosto tanto que sinto falta de você aprofundar mais, de detalhar mais, de se entregar mais. A crônica tá muito bem feita, mas fiquei querendo mais entrega. Parabéns pela escrita envolvente
ResponderExcluirO texto é muito bom, adorei as metáforas, mas acho que faltou um pouco mais de detalhes sobre a personagem.
ResponderExcluirConcordo totalmente com o Michael Scarn, o texto está muito bem escrito mas faltou profundidade nas descrições.
ResponderExcluirQue felicidade ler essa crônica, Plinio!! Você conseguiu me descrever muito bem, sério! E o seu texto ficou lindo lindo, você escreve bem demais! Obrigada por ter dedicado um tempinho do seu dia para escrever sobre mim <3
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