sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Caminhada

 Sexta-feira, 6 da manhã, e o alarme do celular toca. Descabelada e com remela nos olhos, levanta a mão instintivamente pra desligar o despertador na mesinha de cabeceira. Desanimada pra mais um dia de aula, ela levanta e se encaminha para o banheiro. Penteia seu cabelo escorrido alisado no mês passado, passa um corretivo em suas olheiras ressaltadas por causa da sua pele branca e termina de se arrumar. Pega o elevador para descer os 5 andares do prédio onde morava, e espera pela van no térreo para levá-la para mais um dia tortuoso. Ela não gostava da escola, foram anos de bullying e certa solidão. Ela era magra demais pra ser gorda e gorda demais pra ser magra. E esse limbo não a poupava de ouvir piadinhas de mal gosto. Além disso, ela era muito tímida. Não tinha muitos amigos e via nos livros o seu refúgio. A menina com o nome que lembra estrela, brilhava a cada palavra que lia. Amava ler sua saga favorita, Harry Potter. Já tinha relido cada livro provavelmente umas 3 vezes. E apesar de seu jeito de “menininha”, ela era apaixonada por livros de true crime. Na aula de matemática, matéria essa que ela odiava e sempre ia mal, pensava na festa que iria a noite. Era uma confraternização de final de ano da turma, e apesar da angústia típica do 3° ano por causa do vestibular, ela estava animada para o fim daquele ciclo. Pensar no encerramento disso e em finalmente fazer o curso que tanto sonhava a deixava animada. Chegando em casa, ela se arrumou rapidamente e chamou um uber. Ao entrar, cumprimentou rapidamente os colegas e se juntou a suas duas grandes amigas: a Lara e a Mariana. Bebeu um pouco e gargalhou, já levemente alta, falando besteiras e aleatoriedades com as amigas. No final da festa, enquanto pedia o uber pra ir embora, começou a tocar "triste, louca ou má" e seus olhos marejaram pois ela percebeu que agora poderá trilhar o seu caminho e construir seu próprio lar!


                                                                                                            Mônica Magali

16 comentários:

  1. Bom texto, a narrativa é boa e a descrição sobre os gostos do personagem foi muito interessante também. Só achei a frase final do texto um pouco confusa, não sei se foi falta de interpretação minha ou algo do tipo. No mais, parabéns!!

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    1. Eu queria fazer uma referência a música citada da banda que eu acho que a Estela Lia gosta. Mas não sei se executei isso muito bem.

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  2. Oii, Mônica. Acho que poderia ter tido uma maior divisão em parágrafos, poderia ter explicitado o nome da personagem (acho que é a Estela), não entendi muito bem o título. Mas gostei da sequência cronológica, parabéns!

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    1. Eu não deixei o pseudônimo muito claro pq eu achei que era pra deixar implícito e o leitor descobrir ao longo da leitura e da descrição do personagem. E é a Estela msm! O título eu pensei pra fazer referência ao texto como um todo em que falo como foi sua experiência nos anos de escola e que agora ela vai seguir uma caminhada diferente. E sobre os parágrafos, me atentarei na próxima vez. Agradeço as sugestões!

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  3. A narrativa é boa e gostosa, mas poderia ter sido melhor aproveitada estruturalmente. Minhas críticas são as mesmas de Michael

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  4. Gostei muito da forma como você escolheu abordar a personagem, contando um dia na vida dela e ao longo do texto colocando detalhes e suas características. Mas confesso que achei a leitura um pouco cansativa e acho que você poderia ter explicitado mais qual é o pseudônimo (imagino que seja Estela por lembrar estrela).

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    1. O que vc acha que deixou cansativo? A falta de parágrafos como os outros colegas citaram? E eu não explicitei o pseudônimo pq entendi que a proposta era construir o personagem e o leitor descobrir a partir da descrição. E você acertou, é a Estela

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  5. Achei que seu texto ficou um pouco cansativo por não estar dividindo em alguns parágrafos. Acho que facilitaria a leitura. Com relação ao perfil traçado eu gostei, principalmente o início!

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  6. Achei a crônica muito leve e boa de ler, fiquei curioso para saber o final. Também achei que o nome ficou meio implícito, mas eu consegui saber quem era pela única frase que vc escreve com o pseudônimo no texto. Mas acho que se deixasse melhor estruturado ficaria melhor!

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  7. Oi, Mônica! Gostei muito de ler a visão de outra pessoa sobre a impressão que causo com meu pseudônimo, é mto legal ter uma perspectiva de fora. Você se atentou a alguns detalhes das crônicas que fiz até hoje, e muito bem, porque até acertou algumas coisas kkkkkkkk eu AMEI o final, achei lindo!!! Obrigada, Magali!

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    1. Own, fico feliz que gostou principalmente da parte final! 💕 Ela foi pensada com muito carinho e quis coloca-la pq vi em algum comentário vc falando sobre a banda e achei que vc ia gostar.

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    2. E tô muito curiosa e ansiosa pra próxima crônica pra saber o que acertei! Haha

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  8. Boa escolha de abordagem ao escrever um pouco sobre a vida dela, personalidade e os gostos. Mesmo que o pseudônimo tenha ficado implícito, deu para entender a quem você estava se referindo. Minha única critica é sobre a estruturação, poderia ter dividido em parágrafos. No geral, é um bom texto.

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  9. Gostei muito da abordagem de narrar um dia da Estela. Gostei da não explicitação do pseudônimo, achei muito interessante e fiquei curiosa para desvendar de quem se tratava.
    Acho que realmente uma divisão em parágrafos facilitaria um pouco a leitura, mas gostei bastante da crônica, acabou que o texto escrito assim me deu uma sensação de um dia quase que corrido.
    Obs.: Amo demais essa música.
    Parabéns!

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  10. A única coisa que eu queria pontuar é a questão da estrutura do texto, talvez seja algo mais pessoal, mas costumo achar textos sem divisão de parágrafos um pouco mais cansativos de ler. No que diz respeito à história em si, achei muito bem feita, principalmente referenciando possíveis gostos do psêudonimo.
    obs: achei bem interessante essa sua estratégia de nos deixar adivinhar de quem você estava falando.

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  11. Você cumpriu muito bem a proposta e ainda nos deixou na curiosidade e expectativa para saber quem era hahaha adorei, Mônica!

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