sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Lili, Lizzy Bennet

 A Lizzy Bennet inteligente e genuína. Contra (ainda bem) essa história de que o  Bolsonaro é burro, ela aposta na inteligência dele de enganar um país ao chamar os  ideais fascistas de “valores da família tradicional brasileira”. Sorte a dela de ser  antifascista ou minha de escrever sobre ela? 

Nós temos coisas em comum, uma delas é o vício do nosso pai. Marcas que marcam de  verdade a vida inteira, desde quando se é criança até os dias atuais. Culpar eles é difícil,  mas nos culpar é pior e, por favor, Bennet não faça isso com você mesma. Essa dor  pode parecer ser só sua, menina, mas com certeza dói nele também mesmo que ele seja  tão orgulhoso quanto você de não falar. 

A sua duvida de como deixaram acontecer no Brasil à eleição de uma pessoa que ataca  os nossos direitos, nos chama de fraquejada, que aplaude a ditadura, o racismo, a  homofobia e o machismo é tão grande quanto a que surge na minha cabeça de como  você se julga incapaz de se relacionar com outras pessoas. Bennet, você é foda. Você  merece as suas amizades, novas amizades, merece essa vaga na universidade e todas as  oportunidades. Você não é uma fraquejada. Talvez tímida, com os seus limites de não  ser aberta e espontânea, mas você é capaz e estou torcendo que essa frustação passe o  quão antes. 

Sei que você vive indignada com muitas coisas, mas quem não vive indignado tá  vivendo errado. Olha quanta merda a nossa volta. Só que essa merda toda não pode ser a  única coisa que enxergamos, temos que enxergar pessoas como você. Uma pessoa  delicada, sentimental, preocupada com o próximo, ao mesmo tempo pessimista quanto a  si mesma, nostálgica e que tem medo de se permitir se auto alegrar novamente. Se  permita. Solta a Bennet que tem dentro de você, estou adorando conhecer ela através  dessas crônicas e que não demore a ela a aparecer nessa pessoa atrás da tela. Você não  tem mais dezesseis anos, nem tem mais o ensino médio, mas você tem o hoje, tem a  mim e a uma faculdade cheia de outras pessoas incríveis, que tá só começando. Seja  bem-vinda a sua própria felicidade.


                                                                                                    Nakia Okoye

10 comentários:

  1. Achei legal como escreveu algo para o pseudônimo, mas acabou saindo da proposta. Não acho que houve a criação de um personagem e quando finalmente fala de características e detalhes eles estão no final do texto e de forma muito rasa.

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  2. Como mencionado acima, acho q a carta foi legal, mas vale dizer que no início não parece uma carta, e sim uma descrição da Lilly para alguém. Também acho q a parte descritiva se resumiu a uma pequena parte da crônica. Acho q poderia ter desenvolvido melhor essas características ao decorrer do texto.

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  3. Concordo com o que os outros falaram, acho que você fugiu da proposta e não construiu os detalhes sobre a Lizzy, mas gostei muito da forma que você escreveu, como se estivesse conversando com ela, dando conselhos, se identificando e etc, ficou bem legal. A linguagem ficou bem informal e alguns "errinhos" de escrita me incomodaram, mas acho que isso fez parte da intenção de escrever como conversa. No mais, parabéns, gostei bastante!!

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  4. A carta ficou ótima, mas como disseram fugiu um pouco da proposta de fazer um perfil do pseudônimo. Se você tivesse desenvolvido essa parte ficaria melhor.

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  5. Concordo com os colegas que fugiu da proposta, não teve uma descrição do personagem e sim uma conversa com ele

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  6. Vi descrições no texto mas muito pautada pelo o que a Lizzy disse e não pelo o que você interpreta de como ela seja. E senti que faltou descrições físicas. No geral, me pareceu mais uma carta de apoio do que uma história de descrição de personagem. Mas ela tá bem escrita!

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  7. Caramba, eu amo a forma que você escreve, Nakia
    Realmente a proposta da crônica acabou não sendo cumprida, mas ficou tão foda e sensível esse texto, não tem como negar.
    Parabéns pela escrita, só atente-se mesmo aos temas das crônicas, mas não deixe de escrever tão sensivelmente

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  8. Acho que fugiu um pouco da proposta, poderia ter desenvolvido mais o perfil dela. Mas texto ficou ótimo, gostei das referencias as crônicas da Lizzy e a forma que você tentou aconselha-la em alguns momentos.

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  9. Fico assustadíssima com o quanto eu me identifico com a Lizzy, mesmo quando é outra pessoa escrevendo. Acho que os comentários acimas são super validos, mas eu pessoalmente amei o texto.

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  10. Assim como a Princesa Consuela, eu amei como você descreveu a Lizzy pois também me identifico muito com ela. Você teve uma sensibilidade única. Parabéns, Nakia!

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