Excelentíssimo presidente Jair Bolsonaro,
Lhe escrevo esta carta para agradecer pelo seu impecável trabalho no governo do Brasil. Não há um brasileiro sequer que se levante para dizer o contrário.
Estamos orgulhosos de como o senhor vem abordando os assuntos em alta. Quanta empatia! Acho que, de longe, o senhor é o presidente mais preocupado com o nosso bem-estar. A prova disso é a preocupação que demonstraste quanto a economia do Brasil, e foste contra a política do fique em casa. Me sinto protegida como se fosse da sua própria família, caro presidente! Esse cuidado não tem preço!
Ah, são tantos elogios a fazer, mas acho que o mais importante é elogiar a forma como tem lidado com a pandemia. Realmente, o senhor estava certo desde o começo, é só uma gripezinha esse vírus. As 160 mil mortes são coisas da vida, o senhor, como não é coveiro, realmente não tem nada a ver com elas. E, se o senhor disse que o pior momento causado pela pandemia já passou, eu confio!
As suas medidas têm dado certo, meu presidente. Devemos realmente comemorar as 100 milhões de poupanças sociais digitais abertas na Caixa Econômica Federal. Como é bom ver tantos brasileiros fazendo bom uso da quantia dada pelo senhor. Benditos sejam os 600 reais!
Ó meu presidente, como a nossa pátria tem reluzido desde a sua chegada, nosso Messias... Espero nunca nos despedirmos, senhor presidente. Eu me sentiria desolada. Quem mais governaria o Brasil dessa maneira? Não consigo imaginar.
Enfim, não irei mais me prolongar, excelentíssimo presidente. Me despeço por aqui, mas deixo os meus agradecimentos em nome de todos os brasileiros. Estamos contigo.
Atenciosamente,
De uma cidadã muito satisfeita.
não se pode começar frase com pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes), o certo seria "escrevo-lhe" ou "eu lhe escrevo"
ResponderExcluirFora isso, ironia presente e bem escrita, parabéns!
Queria ser protegido tanto quanto o filho do Bobonaro kkkkkk
ResponderExcluirBem escrito, atingiu o objetivo proposto.
Gostei da ironia e achei o texto bem escrito, parabéns!
ResponderExcluirGostei muito da crônica, Jane. Acho que a frase "As 160 mil mortes são coisas da vida, o senhor, como não é coveiro, realmente não tem nada a ver com elas." poderia ser separada ou poderia ter usado um "mas o senhor" ou "e o senhor". Mas fora isso foi impecável, parabéns.
ResponderExcluirGostei do formato de carta, achei que teve um contraste entre a linguagem formal utilizada e a figura ignorante do próprio Bolsonaro a quem é direcionada, talvez tenha sido só eu que reparei nisso mas achei que ficou maneiro haha.
ResponderExcluirGostei muito, ironia muito bem utilizada. Mas assim como a crônica da Mônica Magali, mesmo que seja um tema atual, acho q faltou o recorte de acontecimento como foi proposto... Mas no geral, ficou muito muito boa, de verdade!! Parabéns, Jane
ResponderExcluirA ironia foi muito bem feita, parabéns!
ResponderExcluirIronicamente precisa. Bom texto
ResponderExcluirMais uma crônica impecável, Jane! Ironia do início ao fim muito bem construída. Adorei o fato de ser uma carta. Parabéns!!
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