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 Olá, Sol e Luz

Primeiramente gostaria de lhe agradecer pela linda crônica que escreveu sobre mim, fiquei realmente impressionado e principalmente grato por dedicar seu tempo para tentar analisar meus textos e me analisar como foi possível. É realmente uma pena não podermos nos encontrar pessoalmente, adoraria passar uma bela tarde conversando, comendo uns petiscos e assim você poderia descobrir ainda mais coisas sobre mim. Nada como uma boa conversa pra pegar as manias, jeitos e até mesmo um pouco da personalidade de alguém, não é mesmo?

Como isso não foi possível, devo dizer que você fez um ótimo trabalho, acertou em cheio quando disse que posso ser considerado certinho por muitos, não me sinto assim. Talvez eu seja visto dessa forma porque raramente estou em apuros ou algo do tipo, mas isso não significa que eu seja certinho, significa que eu calculo bem tudo o que vou fazer para evitar ao máximo os problemas. Devo admitir: nem sempre funciona. Meu lado impulsivo gosta de tomar as rédeas quando surge a menor das oportunidades.

Não sou só crítico quando tenho que ser, sou quase a todo momento pra ser sincero, posso ser chato em alguns momentos. Há tantas coisas na vida pra se pensar.

Sou família sim e só confio naqueles que já demonstraram seu valor pra mim de alguma forma. Aqueles que vão me salvar quando eu for impulsivo e quando meu pensamento frio e sistemático não funcionar. Já me machuquei entregando minha confiança pra quem não devia e por conta disso mudei minhas atitudes com todos ao meu redor. 

É, parece que você me enxergou bem, apesar de nunca ter me visto. Ou será que viu? Posso ter passado pelas suas bandas, andado no seu telhado ou até mesmo feito barulho no fundo do seu quintal procurando um lanchinho.

Grato, mais uma vez,

                                                                                                    Gato de Chita