Cigana, que de cigana não possui tanto, é apegada aos cantos, às quatro paredes de seu quarto, quarto que mais se mostra uma fortaleza de defesa do mundo exterior do que propriamente um quarto. É apegada a castelos, mas não de uma princesa que precisa ser resgatada, castelo de uma feroz heroína de suas próprias histórias.
Cigana não é tímida, podemos concordar com seu olhar oblíquo e com seu trejeito dissimulado, cínico por si só. Cínico, mas preciso e decidido. Dissimulada só na aparência, na provocação. Ela na verdade é sincera, daquela que fala o que ninguém quer ouvir ou falar. A mulher tem potência no vestir e suas roupas dizem muito sobre o seu humor diário. Quem a vê usando vermelho, já sabe, está preparada para qualquer que seja o perrengue do dia. Quando ela usa aquele perfume amadeirado, já sabe né?! Está provocativa e imponente. Não a detenham! Mas quando usa tons de cinza, já se sabe, está desanimada e um tanto reclusa. Não insista!
A dissimulada é doce, mas nem sempre, e reluta para não demonstrar esse seu lado frequentemente. Aparentemente faz dessa “não demonstração” uma armadura para bloquear e proteger seus sentimentos. Ela carrega dores e traumas que a brecam em algumas situações da vida. Não considera o amor o seu ponto forte, aos quatorze se despedaçou e carrega consigo muitas daquelas memórias. Quem dera soubesse que exala amor e vida nas entrelinhas da vida que veio e vem depois do 8-80.
Não é a pessoa mais simpática do mundo, mas se empenha na empatia, mesmo com os desconhecidos e com os que se arriscam cronistas.
É irônica e debochada na medida certa e, acidamente crítica quando necessário.
Cigana é simples, mas complexifica as relações e consequentemente as complica algumas vezes. Mas não faz por mal, faz por insegurança e autossabotagem.
Ciganas têm sempre um quê de mistério, de magia e surpresas.
Esta não seria diferente.
Vale conhecê-la, lê-la, observá-la e arriscar-se a desvendá-la.
Com carinho,
Joana da Rua.
Nossa, que crônica linda. De verdade. Parabéns, Joana. Adorei. Descreveu muito bem com detalhes. Consegui visualizar a personagem.
ResponderExcluirOi, Michael. Que bom que gostou!
ExcluirFico muito feliz em saber.
Que texto incrível, gostei muito. Rico em detalhes, descrições e foi muito bem escrito, mas acho que se tivesse mais detalhes sobre a aparência física teria ficado ainda melhor. Parabéns!!
ResponderExcluirOi, Gato. Que bom que gostou.
ExcluirObrigada pelo feedback. Realmente eu tenho um pouco de dificuldade em descrição de aparência física, e isso ficou mais evidente ainda pra mim ao escrever essa crônica.
Mas estou me esforçando, juro! hahaha
Valeu a dica
Que escrita linda, Joana! Apaixonada demais pela forma que você deu início a análise da personagem no primeiro parágrafo, muito inteligente! A crônica tem fluidez e ritmo e por mais que eu sinta falta de ambientação na narrativa ainda consegui imaginar a personagem em situações cotidianas. Parabéns!
ResponderExcluirMuito obrigada, Filha de Oyá! Fico feliz que tenha gostado.
ExcluirRealmente preciso trabalhar melhor as descrições físicas e uma ambientação mais precisa, obrigada pelo toque.
Haha gostei muito da forma que você escreveu e também sempre pensei muito na cigana com essa mesma imagem que você criou. O texto ficou bonito demais, além de bem escrito e desenvolvido. A leitura foi incrível do início ao fim e a descrição da personagem impecável. Muito bom, parabéns mesmo!!
ResponderExcluirQue honra A Mulher do Fim do Mundo elogiando dessa forma minha crônica!
ExcluirFico muito feliz que tenha gostado.
As descrições comportamentais foram muito bem trabalhadas contendo até alterações do humor. Mas senti falta das descrições física. No mais, uma boa crônica!
ResponderExcluirObrigada, Mônica Magali. Estou me empenhando nesses aspectos, valeu pelo toque.
ExcluirAmei seu texto! Muito bem construído e com várias metáforas boas, eu só tentaria diminuir os períodos do primeiro parágrafo. Eu me enrolei um pouquinho pra ler. Fora isso, ótimo! Parabéns!
ResponderExcluirObrigada, Péricles. Me atentarei aos parágrafos longos, valeu pelo toque.
ExcluirEstou chocadaaaaaa hahaha! Eu amei a crônica, Joana, ficou linda e super desenvolvida, mas preciso falar sobre o que disse sobre mim e de como você descreveu muita coisa minha mesmo sem saber quem sou! Acertou muito, desde o quarto, até a tentativa de ser simpática e até minha aparência? Sobre o olhar, o jeito de vestir, o exagero em usar vermelho... Eu amei, já quero mostrar pra todo mundo hahahah <3
ResponderExcluirOi, Cigana! Que prazer você por aqui, hahahaha.
ExcluirFico muito feliz que tenha gostado e que de alguma forma eu consiga expressar um pouquinho do TANTÃO que você é.
Espero conhecê-la pessoalmente o mais rápido possível.
Nossa, q lindo!! Achei poética, amei muito sua crônica e preciso dizer que em algumas partes fiquei "eu também penso isso sobre ela!!" hahahaah. Parabénssss
ResponderExcluirOi, Estela. Muito obrigada, fico feliz que tenha gostado!
ExcluirÉ engraçado identificar algumas coisas que pensamos iguais sobre a descrição de alguns pseudônimos, né? Eu adoro isso também!
Cumpriu muito bem a propostas, as descrições ficaram ótimas. Parabéns!
ResponderExcluirMuito obrigada, fico feliz que tenha apreciado
ExcluirUma das minhas favoritas, sem dúvida. Mesmo com dificuldades em escrever sobre detalhes físicos como você mesmo disse, o texto fico rico em descrições, todas muito bem feitas, até já me sinto íntima da Cigana kkkkk
ResponderExcluirParabéns!!
Oi, princesa!
ExcluirUfa, que bom que você gostou e conseguiu enxergar um pouco do que enxergo da Cigana. Fico feliz que tenha gostado e se sentido próxima dela
Que texto maravilhoso de ler, me encantou!!! Muito bonita e original a forma como você descreveu a Cigana. Ficou lindo, Joana!!
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