É difícil de lembrar, são apenas lapsos de um período longínquo. Só lembro disso porque até hoje essas marcas me perseguem.
Eu devia ter uns 3 anos, apenas uma criança comum. A primeira vez que eu havia chegado antes do horário da aula na escolinha - a rota escolar sempre nos entregava em cima da hora - e como toda criança comum sem nada para fazer, resolvi correr somente por correr.
O que minha mente imagina é que tropecei em alguma coisa, talvez na própria perna, e atingi o chão. É a memória da primeira vez que me machuquei, caí e ralei o joelho… Dor e lágrimas, somente. Naquele momento, um anjo apaziguou meu sofrimento. Alguma das “tias” que adquiri naquele local me pegou no colo e me levou para uma salinha que nunca mais estive.
Pela primeira vez eu vi aquele armarinho mágico, do qual foram retirados alguns produtos, que para mim eram milagrosos, e foi feito um curativo. A partir dali, tudo passou, só me levantei e voltei a brincar. É uma memória “boba” mas marcante, até hoje possuo uma marca que me recorda disso, mesmo sendo quase invisível nos dias de hoje.
Afinal memórias não se escolhem, elas apenas existem.
Lawzineo
Eu ainda me pergunto o porquê de certas memórias serem guardadas, nem sempre elas têm muito sentido. Lembro de algum objeto, uma comida... Coisas que hoje não me fazem muito sentido, mas que guardei por algum motivo. Acho que não são memórias bobas, elas persistem porque seu eu do passado achou aquilo fantástico. Mas nossa concepção de mundo muda constantemente... Sua memória é muito pertinente, pois como criança, você não conhecia a sensação de dor e que a dor poderia ser amenizada de formas mágicas kkkkk parabéns pelo texto!
ResponderExcluirObrigado Lua Nova! As sensações nos marcam muito em situações que consideramos inúteis, mas ao ler sua resposta, penso que todas tem algum propósito
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