Sempre tem aquela lembrança que você tem e não sabe porquê, ela só está lá. E
coincidentemente, a minha lembrança aleatória é a primeira que me recordo.
Vamos lá. Quando eu tinha uns 3 anos, minha família foi convidada pro casamento
de alguém da família do meu pai, em outro estado. Por alguns motivos, só meu pai
e minha irmã foram, e na época eu não entendia quase nada, então a situação foi -
muito - distorcida na minha cabeça.
Até alguns anos atrás, eu batia o pé e falava com toda certeza que a família do meu
pai não gostava da gente, que tinham deixado de nos convidar pro casamento por
birra. Olha a mentalidade da criança. E naquela ocasião, eu lembro de ter colocado
minha mamadeira no meio da mala só porque eu queria ir também e achei que
desse jeito ia dar certo. Nessa parte da história eu percebi que meus esquemas de
negociação eram muito fracos.
Alguns minutos depois eu nem lembrava mais do meu plano brilhante porque queria
a bendita mamadeira e não sabia onde estava. Parabéns, nota zero.
Uns 2 ou 3 anos atrás,encontramos essa parte da família e eu fiz questão de
lembrar desse acontecimento e reclamar - porque não né. E quando me contaram
toda a história por trás eu percebi o quanto eu tinha guardado rancor de uma
situação que tinha sido totalmente modificada pela mentalidade de uma criança que
só sabia ⅓ da história. Hoje isso tudo só me faz rir.
Até esse momento eu não tinha percebido que uma das minhas primeiras memórias
era justamente de um dos primeiros momentos que eu guardei rancor na vida.
Agora eu fico feliz por ter conseguido substituir esses sentimentos, e a versão do
caso, por algo engraçado.
Sienna Vettra
Cara kkkkkk eu me diverti muito lendo sua crônica, porque imaginei o poderoso chefinho com a mamadeira colocando na mala kkkk. Ameiiiii
ResponderExcluirkkkkkkk eu imaginei a mesma coisa que a Sinceron@.com!! Muito divertida a sua crônica e foi muito fácil de me envolver com a sua escrita! Fiquei curiosa para entender toda a história do casamento kkkkkkk Parabéns pelo texto!
ResponderExcluir