TO: DY JORNAL

  Olá Dy Jornal, hoje essa mensagem é para você. Escrevo-lhe porque senti que seria uma força do destino. (ah, que Pena.) O que dizer de alguém que não conheço pessoalmente ou que não sei se já tive a oportunidade de conversar com esse alguém sem ter um pseudônimo para mascarar talvez o seu verdadeiro eu? E a única forma de eu me basear sobre você é a partir de suas crônicas. Eu literalmente li você! Mas será que eu peguei a sua verdadeira essência? Será que de fato aquela era sua memória ao lado de seu pai? Ou talvez o medo em dizer qual era a sua sombra e perceber então as de outras pessoas em sua volta? E John apenas era apenas uma figura imaginária a qual você destinaria aquela carta... Eu não sei, não posso saber. Mas de uma coisa eu sei: senti você. Verdade ou não, realidade ou ficção, você colocou parte da sua essência ali. 

  A propósito, me identifiquei um pouco com seus textos, seu breve relato ao lado de seu pai com aquele balão, uma memória simples, mas capaz de fazer um significado grandiosíssimo, me faz recordar de quando minha bisavó quando ainda viva, fazia meu almoço favorito: bife com fritas. Saudosismo. Ou talvez quando você se absteve de expor suas sombras e focar na observação de pessoas em sua volta, bem, quantas vezes eu também não tive a capacidade de reconhecer meus demônios por medo de realmente ver o monstro que sou? Não sei, mas não foram poucas vezes. Pode ser que não tenha sido esse o seu caso, mas seu texto ficou livre para livres interpretações. 

  Dy Jornal, não sei se você sentiu que minha escrita para e sobre você tenha sido uma crítica, caso tenha sentido isso, peço perdão pois não foi minha intenção. Queria que você soubesse que a partir de seus textos, senti normalidade em você, você é normal como qualquer outra pessoa, jamais se sinta isolada, ou fora da curva. Todos nós temos problemas, nossos demônios, mas nossos anjos, por seus textos senti que você tem qualidades, espero um dia poder me juntar a você num belo banquete proporcionado pelo bandejão da UFF para conhecer um pouco mais dos seus sentimentos, qualidades, ambições e gostos de coisas variadas. 

  Aqui me despeço, au revoir Dy Jornal, foi bom ler você.

                                       - Apolo.gia.