Sempre vi minha mãe refém disso e de seus efeitos. Ela não vivia sem e eu ,quando
criança, nunca entendi como algo tão pequeno mudava (ou parecia mudar) tudo.
Cresci um pouco e comecei a conhecer mais, acho que até bem antes do necessário.
Assim como minha mãe herdou da minha avó, eu herdaria dela e minhas primas, que
sempre foram mais velhas, herdaram da minha tia e foi com elas que tive meu
primeiro contato, era quase uma cobaia, um ratinho de laboratório delas. Foi a
primeira vez que tive a dimensão do seu poder transformador. Era como se eu fosse
uma borboleta em metamorfose. Ou talvez eu sempre tenha sido exagerada!
Hoje, eu evoluí, ela também. Há muitas novidades e abrange mais pessoas, mas ainda
deveria ser mais inclusiva.
Desperta meu lado mais criativo e talvez por estar sempre comigo, varia conforme o
meu humor. Quase melhores amigas. Ter esse momento é minha terapia, meu
momento de liberdade mesmo que seja provisória.
Contudo, apesar de seus benefícios, preciso aprender a viver sem ela também. Virei
dependente e saber me amar sem suas potencialidades é fundamental, sua ausência
não pode me limitar e evitar que eu permita viver certos momentos. É reconhecer
como uma forma de se expressar, mas não a única. Assim como ela possui muitas
multiplicidades, a vida (e eu) também. Existe um ditado que diz sobre as mães criam os
filhos para voar, e me sinto assim referente a ela. Mostrou-me diversas versões de
mim, me deu asas na imaginação e agora, como um filho precisa se adaptar sem sua
mãe presente diariamente quando cresce, eu preciso seguir sem você o tempo todo.
Evelyn Hugo.
Evelyn Hugo, eu li várias vezes sua crônica e sei que tem uma mensagem escondida ai. Porém, eu sou burro e não consegui entender, depois se puder explicar. Apesar de não ter entendido, eu gostei da crônica. Abraços!
ResponderExcluirSenti o mesmo, Asa. Amei o texto e fiquei procurando a mensagem subliminar HAHAHAHA
ExcluirParabéns, Evelyn!